Depois de dois empates seguidos na I Liga, o FC Porto voltou à rota das vitórias diante do GD Chaves – estando neste momento a três pontos do líder Benfica.

Num jogo marcado pelas poucas oportunidades de golo, os dragões acabaram por ser mais felizes frente a uma equipa que optou jogar pelo seguro e apostar num estilo de jogo mais defensivo.

Dragão sem fogo não assusta flavienses

Nesta partida, Nuno Espírito Santo decidiu revolucionar o onze titular do FC Porto e colocou em campo Diogo Jota, Rúben Neves e Otávio – sendo que estes últimos dois jogadores já não agarravam a titularidade há já dois meses. Escolhas que acabaram por ser benéficas para os dragões.

Os azuis e brancos entraram em campo um pouco hesitantes e passivos, no entanto, a equipa foi evoluindo gradualmente ao longo da primeira parte, passando a controlar a partida e a tomar a iniciativa. Houve dois jogadores que ajudaram a impulsionar o nível exibicional dos dragões foram o Rúben Neves e André André, que mostraram enorme qualidade no transporte da bola para os setor mais ofensivos, permitindo à equipa chegar mais vezes à aérea dos Chaves.

Contudo, apesar da qualidade do setor intermédio do FC Porto, o poderio ofensivo esteve um pouco aquém das expetativas. As movimentações dos atletas mais ofensivos era lentas e até previsíveis, o que levou muita das vezes os defesas trasmontanos adivinharem os lances. Prova do baixo rendimento do setor ofensivo, são os dados estatísticos da partida, em que as situações de maior perigo para a baliza de António Filipe, guardião do Tondela, foram de bola parada (uma de Rúben Neves e outra de André André).

Do lado do GD Chaves, foi notória a preocupação que Ricardo Soares teve em colocar uma equipa defensiva e especialmente compacta – fechando os espaços, apostando nos lances de contra-ataque rápido. De destacar, as performances de Fábio Martins – que soube segurar a bola quando era necessário e trouxe a verticalidade necessária para apostar nas saídas rápidas – e António Filipe – que se vestiu de gala nesta partida da 31.ª jornada da I Liga.

 Soares e André André acordaram Dragão a tempo da revolução

Na segunda-parte, a história foi diferente pelo simples facto de que o FC Porto marcou logo após o apito inicial. Após recuperar a bola, André André rematou com força à baliza adversária – disparo que António Filipe não foi capaz de segurar - e Soares aproveitou o ressalto para colocar o esférico dentro da baliza.

Após o golo, os pupilos de Ricardo Soares perderam intensidade e 'entregaram' o jogo ao FC Porto, sendo que na segunda parte apenas houve apenas um remate à baliza de Iker Casillas - números que demonstram a ineficácia da ofensiva dos transmontanos. 

Perante a passividade e desaorganização dos flavienses, os azuis e brancos aproveitaram para a subir as linhas e pressionar intensamente o conjunto da casa. A forte presença portista na área do Chaves permitiu ao FC Porto aumentar a vantagem no marcador. Num lance em que Otávio vê André André sozinho e a desmarcar-se, o médio brasileiro decidiu fazer um passe telecomando ao português e este não desperdiçou o lance e 'bombeou' o esférico para dentro das redes.

Depois dos dois tentos, a partida não teve mais situações de perigo para ambas as balizas, o único highlight dos últimos 15 minutos do duelo, foi... a expulsão (direta) de Maxi Pereira - Um lance em que o jogador uruguaio foi a tudo menos à bola. 

Com este resultado, FC Porto mantém-se vivo na perseguição ao Benfica e continua a sonhar com o título nacional, que lhe foge há mais de três anos.

 Momento do jogo: André André esteve influencia nos dois golos do FC Porto, assistiu Soares no primeiro golo e marcou o segundo tento dos dragões. Um jogador que tem ganho cada vez mais destaque nesta equipa de Nuno Espírito Santo.