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Leão de dupla face pisca o olho ao Dragão

Sporting derrotou o Paços de Ferreira por 4-2 e sabe que, em caso de vitória no Clássico, ficará a apenas três pontos do segundo lugar.

Leão de dupla face pisca o olho ao Dragão

A uma semana do Clássico do Dragão e sem margem para erro, o Sporting colocou ponto final a uma série de três jogos sem vitórias e bateu o Paços de Ferreira por 4-2.

Adrien, Gelson e Bas Dost (bis) fizeram os golos leoninos, ao passo que Whelton marcou os dois golos da formação da Capital do Móvel.

Onde andou este leão durante todo este tempo?

A primeira parte do Sporting terá sido, porventura, a sua melhor esta temporada. O leão voltou, por fim, a mostrar as garras, com uma exibição repleta de criatividade, rapidez na troca da bola e acutilância na hora do passe.

O Paços de Ferreira chegou a Alvalade com uma atitude pressionante, a procurar recuperar a bola em terrenos adiantados e colocá-la na frente com poucos toque, e, ainda que o tenha conseguido fazer bem a espaços, toda a estratégia desmoronou aos 11 minutos, quando Pedro Monteiro derrubou Adrien na grande área.

O próprio capitão leonino assumiu a responsabilidade de atirar dos 11 metros, e conseguiu enganar Defendi com sucesso. O Sporting, a vencer desde cedo diante dos seus adeptos, respirou confiança… e os ‘patinhos feios’ abriram o livro.

Com este 3+1 não há dique que aguente

A boa exibição dos verde e brancos teve muito de Ezequiel Schelotto, Bryan Ruiz e Alan Ruiz, jogadores que, por razões distintas, têm feito torcer o nariz aos adeptos leoninos.

O primeiro, apesar de todas as suas lacunas, é, de longe, o que mais potencia as virtudes de Gelson Martins. O internacional português voltou a brilhar e isso muito se deve à presença do ítalo-argentino, que, ao contrário de Ricardo Esgaio, não se amedronta de avançar no terreno e apoiar o companheiro nas ‘tabelinhas’.

Bryan Ruiz, que tem sido uma sombra de si mesmo desde o início da temporada, parece ter despertado novamente. Maravilhou Alvalade com subtis toques de génio, e os passes, que tanto lhe têm custado a acertar, saíram de forma limpa e sempre com destino bem definido.

Quanto a Alan Ruiz… um verdadeiro primor. Foi graças a ele que o Sporting conseguiu, por fim, desequilibrar no centro do terreno. Ainda que lhe falte velocidade, compensa com uma visão de jogo excecional, a saber temporizar e largar a bola no momento certo, para o remetente certo.

No segundo golo, foi dele que partiu o passe para Schelotto, na altura certa. O ‘galgo’ só teve, então, de colocar a bola em Bas Dost, que, mais uma vez, voltou a fazer das suas. Já o terceiro tento, pouco antes do intervalo, é fruto, não só de um belo passe de William, como de Gelson, que voltou a espalhar magia: picou a bola por cima de Defendi, foi buscá-la do outro lado e colocou-a no fundo das redes. Fácil? Sim, para ele.

S. Patrício segurou gigante tremideira

Há quem diga que os grandes guarda-redes são aqueles que poucas vezes são chamados, mas, assim que o são, correspondem. Rui Patrício bem que podia ter dormido uma ‘soneca’ ao longo de toda a primeira parte, mas, assim que os seus serviços foram exigidos, lá estava ele bem acordado.

A fechar a primeira parte, realizou uma grande defesa a um livre muito bem marcado por Pedrinho. A começar a segunda, sofreu um golo, por intermédio de Welthon, em que pouco poderia ter feito, e, a partir daí, fechou novamente a porta.

O Sporting, provavelmente ‘escaldado’ pelo mau momento, acusou em demasia o golo sofrido e aí voltaram os erros do passado. A bola parecia que queimava nos pés dos homens da casa e o Paços de Ferreira aproveitava para procurar reduzir novamente a vantagem.

Com o jogo partido, Rui Patrício foi fazendo tudo o que podia para travar a ‘remontada’ pacense, mas, aos 77 minutos, foi novamente traído por uma desatenção defensiva. Welthon, novamente no sítio certo, na altura certa, fez o golo que fez tremer Alvalade.

Valeu, logo na jogada seguinte, Bas Dost. Mais uma vez, o gigante holandês apareceu na melhor altura possível e, quando a pintura ameaçava borrar, marcou o golo que permitiu a Jorge Jesus respirar bem melhor.

Um leão revigorado, mas ‘coxo’ para o Dragão

Com esta vitória, o Sporting parte para o Clássico da 20.ª jornada sabendo que, em caso de vitória sobre o FC Porto, ficará a apenas dois pontos do segundo lugar. No entanto, esta foi um triunfo agridoce para os homens de Alvalade.

Os bons apontamentos demonstrados no primeiro tempo deixam acreditar que será possível bater os azuis e brancos, mas a insegurança que se viveu no segundo tempo, especialmente após a saída de Adrien, deixa algumas reservas.

Além disso, William Carvalho, que viu o quinto cartão amarelo irá falhar o próximo encontro por castigo. João Palhinha, que se mostrou a bom nível nos Barreiros, deverá ser o eleito.

Quanto ao Paços de Ferreira, que somou a terceira derrota consecutiva, permanece no 14.ª lugar, mas agora apenas três pontos acima da linha de água.

Momento do jogo: Gelson já nos têm habituado a momentos de pura inspiração, mas o golo que assinou esta noite – o terceiro do Sporting – foi digno de génio. Tirou a bola do caminho de Defendi com um toque de classe, foi buscá-la do outro lado e assim fez o seu quinto tento da época.

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