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Leão tarda em acordar e não há forma de sair do quarto

Sporting não foi além de um empate a duas bolas com o Marítimo e, em caso de vitória do Benfica, fosso para a liderança alarga-se para os dez pontos.

Leão tarda em acordar e não há forma de sair do quarto

O Sporting sofreu, na Madeira, nova e séria machadada nas aspirações ao título. Os leões empataram a duas bolas com o Marítimo e, caso este domingo o Benfica vença na receção ao Tondela, a distância para a liderança aumentará para os dez pontos.

O Marítimo esteve a vencer por duas vezes, primeiro por intermédio de Éber Bessa, e depois de Raúl Silva, mas a equipa orientada por Jorge Jesus conseguiu chegar à igualdade através de Bas Dost e Gelson.

Et tu, Rui?

A visita do Sporting aos Barreiros trouxe alguns aspetos a que a equipa de Jorge Jesus nos tem habituado. Uma equipa previsível, com muita bola mas pouca imaginação, a depender, quase exclusivamente, de Bas Dost para fazer golos.

No entanto, trouxe algo que ainda não se tinha visto esta temporada: o Rui Patrício intranquilo, pouco seguro, de anos passados. O guarda-redes tinha vindo a ser, esta temporada, um pilar de segurança na defesa leonina, mas esteve irreconhecível na Madeira.

No primeiro golo, à passagem dos oito minutos, posicionou-se mal e confiou no golpe de vista para tentar defender o pontapé livre (bem) marcado por Éber Bessa, que o próprio conquistou a Paulo Oliveira.

No segundo golo, ainda ficou pior na fotografia, ainda que não o tenha feito sozinho. Toda a defesa do Sporting pareceu ter sofrido uma ‘paragem’ aquando da bola bombeada por Ghazaryan, com especial destaque para Rui Patrício, que ficou a meio caminho e deixou-se antecipar por Raúl Silva.

O Sporting de sempre, para o bem e (especialmente) para o mal

A primeira parte ficou marcado por um intenso combate a meio-campo, que, na sua maioria, foi ganho pelo Marítimo. Ambas as equipas colocaram muita agressividade na recuperação de bola, mas a velocidade de Edgar Costa, Éber Bessa e Dyego Souza acabou por mostrar-se determinante.

João Palhinha, surpresa de Jorge Jesus no ‘onze’, estreou-se a bom nível, demonstrando, não só boa capacidade de recuperação, como também desenvoltura na progressão com bola, deixando no ar uma pergunta: Afinal, o que veio Petrovic fazer a Alvalade?

Bruno César, escolhido para jogar nas costas de Bas Dost, cumpriu o papel e até trouxe algumas novas ideias a uma equipa em que o cruzamento continua a ser a principal (e quase única) arma. No entanto, continua a ser muito pouco.

O Sporting teve mais bola na primeira parte, mas quase nunca soube, ao certo, o que fazer com ela para chegar à baliza. O conjunto ressente-se, em demasia, da recente quebra de forma de Gelson e torna-se lenta, previsível.

Tão previsível que não era preciso ser um mago para adivinhar que, a surgir um golo do Sporting, haveria de surgir por intermédio de Bas Dost. Na única oportunidade de que dispôs, o gigante holandês marcou.

Alan Ruiz, o agitador de serviço

No segundo tempo, os leões apresentaram-se ligeiramente mais criativos, e para isso muito contou a entrada de Alan Ruiz. Jorge Jesus retirou o regressado Zeegelaar ao intervalo e fez recuar Bruno César para colocar o argentino na posição que lhe coube até então.

O número 99 correspondeu e o Sporting tornou-se mais imprevisível. Tão imprevisível que, apesar do golo do empate ter voltado a surgir a partir de um cruzamento, não foi Bas Dost, mas sim Gelson a aparecer no coração da área para concretizá-lo e fazer o empate.

O Sporting entrou, assim, a marcar no segundo tempo e ganhou maior confiança. Instalou-se no meio-campo do Marítimo, mas, mais uma vez, sem encontrar caminho acertado para a baliza. Podia tê-lo feito aos 82 minutos, quando Alan Ruiz – o agitador de serviço – recebeu a bola na área, fintou Charles e colocou-a no fundo da baliza, mas o lance foi anulado por pretenso fora-de-jogo.

Com este resultado, os leões passam a somar 35 pontos e, em caso de vitória do Benfica, este domingo, na receção ao Tondela, passará, pela primeira vez em 2016/17, a ver a liderança a uma distância de dois dígitos. A dez pontos, para ser mais preciso.

Já o Marítimo, agora com 27 pontos, arrisca-se a ganhar companhia no sexto lugar da I Liga, bastando para isso que o Desportivo de Chaves saia vencedor na receção ao Nacional.

Momento do jogo: Não se pode dizer que o empate a duas bolas seja desajustado face àquilo que sucedeu durante os 90 minutos, mas, infelizmente (mais uma vez) pelos piores motivos, a arbitragem esteve em destaque. O fora-de-jogo assinalado a Alan Ruiz, aos 82 minutos, é incompreensível e promete dar muito que falar nos próximos dias.

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