Federação argentina revê política de deslocações da seleção
A Federação argentina de futebol (AFA) confirmou hoje à AFP que vai rever a sua política de deslocações e que está a negociar com a companhia Aerolineas Argentinas o transporte da seleção 'albiceleste', na sequência da tragédia da Chapecoense.
© Reprodução Instagram
Desporto Acidente
Em declarações à AFP, o porta-voz da federação (AFA), Miguel Hirsch, revelou que a entidade empreendeu novos mecanismos de controlo, elevando o nível de escrutínio das companhias e dos aviões nos quais a seleção da Argentina viaja.
Lionel Messi e os seus companheiros viajaram, a 14 de novembro, no avião que caiu na terça-feira passada com a equipa brasileira Chapecoense.
Era usual a AFA recorrer à companhia privada Andes, mas aquando da deslocação da 'albiceleste' para o Brasil e no posterior regresso o avião estava indisponível devido a uma operação de manutenção, o que obrigou a federação a encontrar outra solução.
A entidade optou pela companhia boliviana Lamia, devido ao preço mais competitivo, embarcando, sem Messi (o avançado viajou a partir de Barcelona), a 10 de novembro para jogar contra o Brasil, que venceu o jogo de qualificação para o Mundial de 2018 por 3-0, e regressando no dia 14.
O voo de regresso foi atribulado, com vários jogadores, incluindo a estrela do FC Barcelona, a vomitarem devido à forte turbulência registada na aproximação a San Juan, uma cidade argentina situada no sopé da Cordilheira dos Andes.
"Como noutros países, a AFA iniciou negociações há já vários meses com a Aerolineas Argentinas para que a seleção viaje sempre com a companhia nacional", indicou Miguel Hirsch.
A 29 de novembro, a queda do avião da companhia Lamia causou a morte a 71 das 77 pessoas que seguiam a bordo, incluindo a maioria dos jogadores da Chapecoense, dirigentes e jornalistas que acompanhavam a equipa, que se preparava para disputar a primeira mão da final da Taça Sul-americana com os colombianos do Atlético Nacional.
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