Crónica: Sem grandes dificuldades, mas com um susto inicial, o Benfica venceu esta noite o Paços de Ferreira. A equipa da Luz fez uma primeira parte de alta-rotação, mostrando que está com grande confiança.

Os ‘castores’ começaram bem o encontro, atrevidos no ataque, mas sucumbiram aos argumentos do seu adversário, mostrando, aqui e ali, falta de entrosamento defensivo, apesar de terem vários elementos em destaque na frente de ataque.

Incapazes de suster a grande mobilidade ofensiva das ‘águias’, a formação da capital do móvel teve poucos argumentos para justificar outro resultado.

Mas vamos ao filme do jogo.

Primeiro Tempo: 'Águia' de alta-rotação desfez atrevimento pacense à bomba

A partida entre Benfica e Paços Ferreira começou com três avisos dos ‘castores’. Porém, o susto inicial desvaneceu-se rapidamente, com os ‘encarnados’ a tomarem conta da partida, como, antes do apito inicial, já era esperado.

Com uma frente de ataque muito ativa, com o meio-campo a matar praticamente todas as iniciativas adversárias, as ‘águias’ foram sobrevoando a baliza adversária como um predador em busca de presa. Cervi, Mitroglou e, principalmente, Gonçalo Guedes, com muito apoio dos laterais, tomavam conta de todas as iniciativas.

O golo chegou, após algum desperdício, antes e depois, com naturalidade. Numa jogada em que os ‘encarnados’ aproveitaram uma transição rápida e mostraram bom entrosamento no ataque, Gonçalo Guedes disparando um míssil de longa distância, que não deu qualquer hipótese a Defendi, abriu o marcador.

Defendi, que, diga-se, evitou males maiores no primeiro tempo, uma vez que com um punhado de boas defesas manteve o resultado em 1-0 até ao apito para intervalo.

Segundo Tempo: Mudança abaixo chegou para segurar resultado 

O Paços Ferreira voltou a entrar a bem no segundo tempo. Atrevido, procurando o prejuízo, os castores, por Pedrinho, chegaram a assustar os adeptos na bancada. O médio de 23 anos, à semelhança de Guedes, disparou um verdadeiro míssil que passou a milímetros do poste de Ederson.

Mantendo a rotação baixa, aproveitando para explorar a necessidade do adversário em ir em busca de outro resultado, a ‘águia’ foi sondando a baliza adversário, com Guedes a mostrar-se em bom plano e a ficar próximo do bis.

Mesmo com menos velocidade do que na primeira parte, o Benfica continuou a ser a formação mais forte em campo, dando mostras de que, com relativa facilidade, chegaria ao golo.

Aos 63 minutos, numa jogada de grande envolvimento ofensivo, elevando a velocidade do encontro, Salvio, depois de um cruzamento na esquerda, de Eliseu, ampliou a vantagem das ‘águias’, com um remate espontâneo, que, meio à figura, não deu qualquer chance a Defendi.

A partir do segundo tempo, o Benfica, com as bancadas repletas e a apoiar a formação de Rui Vitória, geriram a partida a seu bel-prazer, mudando o ritmo de jogo sempre que com vontade de atacar a baliza contrária.

Depois dos 75 minutos, Cícero ainda chegou a assustar, frente a Ederson, mas acabou por não conseguir o golo, deixando a gestão do tempo restante até ao apito final ao critério do Benfica. 

Pizzi, aos 87 minutos, partiu a defesa adversária, e depois de uma jogada de alguma sorte, fechou o marcador em 3-0.

Os encarnados somam agora 25 pontos, mais seis que o FC Porto, que só joga amanhã, sábado, e mais oito que o Sporting, que encontra esta noite o Nacional da Madeira.

Momento do jogo: O golo de Gonçalo Guedes, aos 26 minutos. O jovem atacante das ‘águias’ teve um momento par mais tarde recordar. À entrada da área, Guedes disparou um míssil e não deu qualquer hipóteses ao guardião adversário. 

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Onze do Benfica: Ederson; Nélson Semedo, Luisão, Lindelof e Eliseu; Fejsa, Pizzi, Salvio, Cervi, Gonçalo Guedes e Mitroglou.

Onze do Paços de Ferreira: Defendi; Bruno Santos, Pedro Monteiro, Miguel Vieira e Filipe Ferreira; Pedrinho, Mateus e Leandro Silva; Ivo Rodrigues, Ricardo Valente e Whelton.

Antevisão: Depois das escorregadelas dos seus rivais diretos nas últimas jornadas, à entrada para a 9.ª ronda da I Liga, o Benfica está, neste momento, a três e cinco pontos de distância, respetivamente, de FC Porto e do Sporting.

A equipa tricampeã vai jogar no estádio da Luz como líder isolado do campeonato nacional e com a confiança no seu auge. A depender só de si para continuar no topo da tabela classificativa, Rui Vitória vai abordar a partida com o Paços de Ferreira de uma forma prática, de forma a agarrar o primeiro posto.

A equipa das ‘águias’ está de boa saúde, vem de uma sequência de seis vitórias consecutivas no campeonato, não tendo uma única derrota e somando apenas um empate, com o Vitória de Setúbal, de José Couceiro.

No caso da equipa forasteira, paira uma onda de positivismo, alimentada pela vitória na Taça da Liga, frente ao Nacional da Madeira, onde o clube orientado por Carlos Pinto venceu por expressivos 4-0.

No histórico entre as duas equipas, é notória uma desvantagem para o conjunto da Mata Real, isto porque em 42 duelos a equipa do Benfica contabilizou impressionantes 34 vitórias.

Por outro lado, os 'castores' apenas têm quatro vitórias (sendo que apenas uma delas foi no estádio da Luz). É de acrescentar que o clube ‘encarnado’, segundo a estatística, tem tendência de ser goleador contra a formação da capital do Móvel, isto porque, até aqui, as ‘águias’ agitaram as redes da baliza adversária por 113 vezes tendo uma média de 2,69 golos por jogo.

No Benfica voltaram a ser convocados André Horta e Samaris (atletas vindos de lesão) e, para lhes dar lugar, saiu o avançado José Gomes, que voltou para a equipa secundária do clube.

No entanto, a utilização de Grimaldo suscita dúvidas. O atleta queixou-se de algumas mazelas depois do jogo com o Belenenses e estará ainda em dúvida a sua utilização. Assim sendo, não deverão existir grandes novidades no 'onze' a apresentar esta noite pelo técnico Rui Vitória.

O Benfica-Paços de Ferreira tem início marcado para as 19h e pode segui-lo, em direto, no Desporto ao Minuto.