Grande domínio não significa goleada. O Benfica viajou esta sexta-feira à casa emprestada do 1.º de Dezembro. Na Amoreira, os ‘encarnados’, a ritmo apressado para chegar à vantagem, tentaram matar a partida logo no primeiro tempo, mas foi preciso esperar pelos segundos 45 para ver golos.

Danilo, que se estreou pelas ‘águias’ em jogos oficiais, fez o gosto ao pé após o regresso das duas equipas ao relvado, num lance que teve Lisandro como extremo, em jogada de insistência e a ter boa participação no lance.

Porém, um erro defensivo de Celis, que fez um atraso em zona proibida, permitiu ao 1.º de Dezembro, através da marca de grande penalidade, chegar à igualdade.

Martim Águas, atleta que fez parte da sua formação na Luz, na marca de ‘onze’ metros, atirou para a direita, com Ederson a cair para a esquerda.

A partir daí, depois de 5 minutos de desacerto das ‘águias’, o Benfica voltou a controlar o jogo e chegou novamente à vantagem (a final) por intermédio de Luisão, já no último minuto dos descontos (90+6’), que subiu mais alto que todos para acabar com o sonho do modesto 1.º de Dezembro.

Quando a muralha é forte é preciso arte para a fazer cair

Foi um Benfica de propensão exclusivamente atacante o do primeiro tempo. Com controlo absoluto da partida, os ‘encarnados’ foram donos e senhores durante os primeiros 45 minutos, mas tendo sérias dificuldades para chegar ao golo.

Com várias alterações no ‘onze’, algumas estreias pelo meio, as ‘águias’ tiveram muitas dificuldades em ultrapassar a muralha montada pela equipa sintrense.

Com falta de magia, mas com argumentos suficientes para ter outro resultado, a equipa ‘encarnada’ tentou, tentou, tentou… mas redundou sempre no mesmo: tiros ao lado.

José Gomes, já bem próximo do apito de intervalo, teve na cabeça a melhor oportunidade do primeiro tempo. A cruzamento da esquerda, o menino ‘Zé do golo’, esteve a centímetros de fazer o tento.

Porém, o primeiro tempo acabou a zeros e Rui Vitória mexeria logo ao intervalo.

Se a montanha não vai a Maomé, ... Danilo parte a muralha

No regresso para os segundos 45 minutos, Vitória mexeu na equipa. Tirou Carrillo, algo apagado e ainda à procura, entre outras coisas, da melhor forma e entrosamento, e fez entrar Gonçalo Guedes.

O jovem atleta mexeu na partida, permitiu lançamentos loucos, em busca da sua rapidez, mas foi outro ‘menino’ a fazer o golo.

Nos primeiros minutos do segundo tempo, após lance de insistência de Lisandro, na direita do ataque, o médio entrou pela área a dentro e, apenas com o guarda-redes pela frente, disparou forte e colocado. Estava feito o 1-0 e desfeita a resistência do adversário.

Porém, o golo das ‘águias’ teve o condão de despertar o adversário. De bola parada, mas também com lançamentos nas costas da defesa adversária, os sintrenses foram atrás da igualdade, tendo assustado Ederson por duas vezes seguidas, ainda assim as ‘águias’ pareciam ter argumentos suficientes para manter a vantagem no marcador.

Contudo, um erro defensivo de Celis, com um atraso mal medido, obrigou Ederson a fazer grande penalidade e Martim Águas, atleta que passou pela Luz na formação, na marca dos 11 metros, fez a igualdade, obrigando as ‘águias’ a correr atrás da vantagem no marcador.

Golo ‘encarnado’ fez despertar furacão sintrense que só experiência acalmou

A formação da Luz pareceu, depois do golo do 1.º Dezembro, passar por alguns momentos de ‘perda de consciência’. Porém, a tendência sob o relvado manteve-se a mesma, com o Benfica a procurar o golo e os sintrenses a procurar o erro adversário.

Insistindo pela direita, pela esquerda, faltou à ‘águia’ argumentos para entrar a dentro na muralha pelo centro.

O golo final, porém, já com a ‘principal armada’ em campo, com Pizzi e Mitroglou a conferirem experiência às jovens águias, chegou já nos descontos, com Luisão, após canto na esquerda, a saltar mais alto que todos e a fazer o 2-1 final.

Balde de água fria para a formação de Sintra que se mostrou, apesar de subjugada em grande parte do tempo, sempre muito solidária, posicionalmente competente e atrevida para explorar o erro adversário.

Momento do encontro: 90+6' - Golo de Luisão. O central, que chegou a ser dado na imprensa como carta fora do baralho, resolveu, após canto na esquerda, como melhor sabe: com a cabeça. Subiu mais alto que todos e fez o que noventa minutos pareciam não querer resolver. 

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Eis os onzes: 1.º Dezembro: João Manuel; Zheng, João Lima, Romário e Oumar; Pedro Dias e Leo; Gonçalo Maria, Martim Águas e Rui Santos; Abdoulaye.

Benfica: Ederson; Nélson Semedo, Luisão, Lisandro Lopez e Eliseu; Carrillo, Danilo, Celis e Cervi; Zivkovic e José Gomes.

Antevisão: Depois de na última semana ter jogado frente ao Santos, numa partida que terminou com um empate na homenagem ao Vila Belmiro, o Benfica volta esta semana à realidade, já com os atletas internacionais de regresso ao trabalho.

O embate frente ao 1.º Dezembro servirá, ao que tudo indica, até pelo previsível baixo grau de dificuldade do encontro, servirá para Rui Vitória testar alguns atletas menos rodados, até porque, a meio da próxima semana, as ‘águias’ têm uma importante partida na Champions, numa difícil deslocação ao reduto do Dínamo Kiev.

A precisar de pontuar na Liga milionária, o técnico da formação da Luz dará assim, expectavelmente, minutos a atletas como Eliseu, Celis, Danilo Carrillo ou Jovic, tentando que estas unidades ganhem ‘mais estatuto’.

Assim, numa temporada que começou de feição, com um registo de uma derrota e dois empates em 10 encontros, as ‘águias’ tentarão certamente resolver a partida cedo, sendo de esperar que o 1.º Dezembro apresente também algumas dificuldades à equipa da Luz.

Por agora, resta esperar pelo início da partida, às 20h15, para ver o que encontro ‘grande’ desta sexta-feira nos reserva.