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Bruno de Carvalho e a UEFA: "Aposta na formação é desastre económico"

Presidente do Sporting questionou as normas do fair-play financeiro.

Bruno de Carvalho e a UEFA: "Aposta na formação é desastre económico"

Bruno de Carvalho é uma das figuras da edição de outubro da revista espanhola Panenka, onde levantou uma série de questões, entre elas a divisão das receitas provenientes dos direitos televisivos na Europa.

Para o presidente do Sporting, os clubes da segunda linha europeia também deveriam ter direito a uma fatia das verbas pagas pelas operadores televisivas para garantirem a transmissão das principais Ligas.

“Poderia falar das diferenças fiscais entre os países e dos direitos televisivos. Todos querem a Liga inglesa e a Liga espanhola. Muito bem, porque é que os clubes portugueses não podem levar a sua parte? Se uma operadora de televisão paga 50, 60 ou 70 milhões de euros pela Liga espanhola ou inglesa, são 50, 60 ou 70 milhões de euros que não são colocados na Liga portuguesa”, referiu.

O presidente do Sporting questionou, ainda, as bases do fair-play financeiro da UEFA, que, na sua opinião, resultam na crença de que “a aposta na formação é um desastre económico”.

“Vendemos João Mário por 45 milhões de euros, um ativo que era contabilizado a zero, porque formámos no clube. As normas do fair-play financeiro prejudicam os clubes que apostam na formação”, lamentou.

Já no que toca à luta contra os fundos de investimento, Bruno de Carvalho admite ter feito “muitos inimigos e admiradores”, e recorda que, “no tempo em que o Sporting trabalhou com eles, perdeu cem milhões de euros”.

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