Ter bola não é sinónimo de golo. Nápoles sabia-o, Benfica ignorou-o
O Benfica foi a Nápoles disputar a segunda jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, mas acabou por trazer uma derrota pesada para Portugal. A falta de ideias para desmontar a defensiva transalpina foi um dos fatores que explica este resultado, tal como a menor objetividade dos napolitanos.
© Reuters
Desporto Liga dos Campeões
O Benfica foi a Itália defrontar o Nápoles, com o objetivo de vencer e tentar assumir a liderança do grupo B. Os ‘encarnados’ acabaram por perder por 4-2, num jogo em que tiveram quatro tentos de desvantagem.
Tal como é habitual no seu estilo de jogo, os ‘azzurri’ entregaram a iniciativa do encontro aos ‘encarnados’ e isso verificou-se na posse de bola de uma e outra equipa (46% para os da casa e 54% para o Benfica). Mas a diferença não reflete o desnível do resultado final.
A posse de bola dos visitantes foi inconsequente e isso pode comprovar-se de forma perfeita com o número de tentativas de golo e remates à baliza de ambos os conjuntos. Os homens de Rui Vitória registaram cinco remates, metade dos dos napolitanos, tendência que também se verificou naqueles que foram diretos ao alvo (cinco contra três).
Os homens de Rui Vitória saíram em desvantagem para o intervalo, um resultado que não espelhava o equilíbrio entre as equipas. O tento de Hamsik acabou por castigar um momento de desconcentração dos ‘encarnados’ na primeira parte e no segundo tempo, o ‘descalabro’ iria consumar-se com três golos em pouco mais de sete minutos, na segunda parte.
Faltou acerto no remate e também no último passe e o facto do Benfica procurar parar o ataque italiano com recurso a faltas acabou por beneficiar o conjunto da casa. Foram 19 faltas contra sete dos transalpinos.
No contexto geral, o Benfica foi melhor no domínio da bola, mas o Nápoles foi mais objetivo do que o seu adversário, tendo sabido ler os momentos da partida na perfeição.
Os homens de Sarri foram mais perigosos no ataque, tiveram mais remates à baliza, mais tentativas ofensivas e maior número de livres. Já o Benfica destacou-se no número de faltas, na posse de bola e nas percentagens de ataque e bola segura.
Nápoles | vs | Benfica |
46% | Posse de Bola | 54% |
21% | Ataques Perigosos | 17% |
41% | Ataque | 42% |
38% | Bola Segura | 40% |
10 | Tentativas de Golo | 5 |
5 | Remates à Baliza | 3 |
5 | Remates para Fora | 2 |
20 | Livres Diretos | 12 |
7 | Pontapés de Baliza | 9 |
1/0 | Cartões Amarelos/Vermelhos | 4/0 |
1 | Defesas | 1 |
7 | Faltas | 19 |
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