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[4-2] Sporting volta às vitórias à boleia do 'holandês voador'

O Sporting recebeu e venceu o Estoril, passando a somar quinze pontos, mais dois do que o FC Porto, que venceu o Boavista, e do que o Benfica, que defronta, este sábado, o Desportivo de Chaves.

[4-2] Sporting volta às vitórias à boleia do 'holandês voador'
Notícias ao Minuto

23:00 - 23/09/16 por Carlos Pereira Fernandes

Desporto I Liga

Análise: Crise é palavra que não entra em Alvalade. O Sporting não se deixou afetar pelas derrotas consecutivas frente a Real Madrid e Rio Ave, e, frente aos 41.994 adeptos que marcaram presença em Alvalade, bateu o Estoril por 4-2.

Bas Dost voltou a brilhar, com dois golos – leva já quatro em quatro jogos – André estreou-se a marcar e também Coates deixou a sua marca. Já para o Estoril, foi Bruno Gomes, com um bis, a reduzir.

A vantagem de ter um ‘Sir’, um ‘furacão’ e um ‘gigante’

Muito da vitória do Sporting assentou em três jogadores que, mais uma vez, voltaram a assinar excelentes exibições: William Carvalho, Gelson Martins e Bas Dost.

O primeiro, ‘Sir’, como lhe chamam os adeptos ‘leoninos’, dominou o meio-campo com uma categoria que, aos olhos dos mais desatentos, pode parecer mera simplicidade. Muito bem na recuperação da bola, sem complicar na altura do passe e, na altura da progressão, a avançar por entre os adversários como se nada se tratasse.

O segundo parece crescer a cada jogo que passa. O ‘furacão’ coloca a sua técnica e velocidade ao dispor da equipa e assim se torna no principal foco de desestabilização (no bom sentido) do Sporting. Ora na esquerda, ora na direita, ora no centro, o ‘menino’ de Jorge Jesus plantou perigo um pouco por todo o lado.

Já o terceiro, voltou a mostrar que não é Slimani. Isto não quer dizer que é melhor ou pior. Diferente é mesmo a melhor expressão. Não pressiona como o argelino e também não apoia como ele. Mas apresenta um índice de concretização acima daquele do seu antecessor. Na primeira oportunidade de que dispôs, a cruzamento de Gelson, desceu do alto do seu 1,96m e cabeceou com grande qualidade. Na segunda, deu o melhor seguimento a um passe de William.

Destaque, ainda, para Bryan Ruiz. O costa-riquenho esteve absolutamente desastroso no capítulo da finalização, mas, na altura da construção, foi um autêntico arquiteto. Tudo isto contribuiu para uma bela exibição do Sporting, mas a estratégia do Estoril também.

‘Canarinhos’ tinham asas para voar mais alto

O Estoril não entrou mal na partida. Aliás, bem pelo contrário. O primeiro sinal de perigo no jogo foi dado, precisamente, pelo conjunto liderado por Fabiano Soares. Paulo Henrique aproveitou uma distração de João Pereira, bailou sobre Rúben Semedo e cruzou com perigo, obrigando Jefferson a atirar para longe.

Mas os ‘canarinhos’ ficaram-se por aí. Com demasiadas cautelas defensivas, não foram raras as vezes em que foi possível ver a equipa a defender com onze jogadores atrás da linha da bola. Quando a recuperava, pontapeava para a frente e esperava pela inspiração de Paulo Henrique.

O brasileiro estreou-se com a camisola do Estoril e, apesar do adversário que tinha pela frente, não se amedrontou, tendo causado algumas dores de cabeça à defesa ‘verde e branca’. Infelizmente, não teve quem o acompanhasse.

Semedo e Coates pagaram a Patrício o bilhete de espectador

O Estoril pode ter atacado pouco, mas, quando o fez, a situação acabou controlada pela dupla Rúben Semedo-Sebastián Coates. Bruno Gomes pode ter bisado para o Estoril, mas Rui Patrício, que termina o jogo sem qualquer defesa, não podia ter feito mais.

Mas não foi só a defender que os defesas mostraram serviço. Em lances de bola parada, também o fizeram, especialmente Sebastián Coates. O uruguaio fez, de cabeça, o seu segundo golo da temporada. Até ao final, ainda houve tempo de André se estrear a marcar de leão ao peito.

Após duas derrotas consecutivas, o Sporting consegue uma vitória tranquila frente aos seus adeptos e recupera, à condição, a liderança da I Liga, com mais dois pontos do que o Benfica, que defronta, este sábado, o Desportivo de Chaves.

Momento do jogo: O Estoril foi o primeiro a criar perigo, mas isso não intimidou o Sporting, que, aos 13 minutos, respondeu com um belo golo. Bryan Ruiz descobriu Gelson, que cruzou para Bas Dost voltar a fazer das suas. Grande cabeceamento do ‘holandês voador’, a concluir uma bela jogada e a abrir caminho para um vitória tranquila.

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Onze do Sporting: Rui Patrício; João Pereira, Coates, Rúben Semedo, Jefferson; Gelson, Adrien, William e Bryan Ruiz; Alan Ruiz e Bas Dost.

Onze do Estoril: Moreira; Lucas Farias, João Afonso, Dankler, Joel; Amado, Taira; Matheus Índio, Mattheus, Alisson; Paulo Henrique.

Antevisão: ‘Invulgar’ e ‘inesperada’ são, porventura, os dois adjetivos mais adequados para descrever a semana pela qual o Sporting passou. Quando todos esperavam que fosse ‘massacrado’ no Santiago Bernabéu, acabou por ficar a poucos minutos de arrancar uma vitória que seria histórica.

Poucos dias depois, em Vila do Conde, onde se esperava um ‘leão’ com a motivação em alta, não só para dar seguimento aos excelentes sinais apresentados frente ao Real Madrid, como para segurar a liderança da I Liga, o oposto sucedeu e acabou vergado por um Rio Ave que, ao intervalo, já vencia por 3-0.

Após esta autêntica montanha-russa de sentimentos, que terminou em desastre, o conjunto ‘verde e branco’ regressa a casa, para um Estádio de Alvalade que se espera, mais uma vez, bem composto com mais de 40 mil adeptos, para afogar as mágoas e regressar ao trilho das vitórias.

Do outro lado estará um Estoril que, ao contrário do Sporting, tem vindo, aos poucos, a recuperar a confiança. Depois de três derrotas nos três primeiros jogos do campeonato, os ‘canarinhos’ foram à Capital do Móvel arrancar um empate frente ao Paços de Ferreira. Logo a seguir, recebeu e venceu o Moreirense por 2-0.

O Sporting-Estoril tem início às 21h e pode segui-lo, em direto, no Desporto ao Minuto.

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