Análise: Com o topo da tabela classificação na mira, o Benfica recebeu o Sp. Braga no Estádio da Luz, esta segunda-feira. Os desaires dos rivais, FC Porto e Sporting, eram motivação extra para o jogo grande da 5.ª jornada. O Benfica venceu o Sp. Braga por 3-0, com golos de Mitroglou (27’ e 78') e Pizzi (74'). Rosic (89') reduziu para os do Minho.

Rui Vitória procedeu a apenas duas alterações em relação ao encontro com o Besiktas, a meio da semana. Colocou Mitroglou na frente e promoveu o regresso de Júlio César à baliza encarnada. Do lado da formação visitante, Peseiro apostou em Rosic para o centro da defesa, onde fez parelha com André Pinto.

O início de jogo foi vertiginoso, numa senda de parada-resposta, com Mitroglou a dar o primeiro aviso logo aos 2 minutos. Os minhotos mostraram que não vinham à Luz defender e Hassan e Pedro Santos tiveram o golo nos pés logo aos 3’ e 5’. O jogo estava animado e disputava-se a um ritmo de parada-resposta. Aos 11’, Marafona, com um grande voo, negou o primeiro ao Benfica, após cruzamento atrasado.

As ‘águias’ apostavam num jogo mais centralizado com Pizzi a ter a responsabilidade de iniciar os lances de ataque, normalmente lateralizando ou entregando aos homens mais adiantados, nas costas da defesa. Os ‘arsenalistas’ saiam normalmente em contra-golpe, com muita rapidez para aproveitar a menor organização defensiva dos homens da casa.

Quando as equipas haviam estabilizado o seu jogo, Mitroglou fez o primeiro, aos 27’. Arrancada de Guedes pela esquerda, centro atrasado e o grego abriu o marcador. As ‘águias’ acentuaram o seu domínio, já que os minhotos acabaram por sentir o golo e recuaram linhas.

A exceção foi o remate de Ricardo Horta, após boa jogada rápida, que Júlio César negou com defesa apertada. Ao intervalo, a vantagem do Benfica justificava-se, embora uma eventual igualdade também não fosse uma surpresa.

No segundo tempo, os minhotos entraram mais expeditos, tentado colocar rapidamente a bola para a corrida dos extremos, que tentavam servir Hassan. O Benfica mantinha o seu estilo de jogo, de pé para pé, criando perigo sempre que acelerava e metia a bola em Salvio ou André Horta.

O Benfica baixou o ritmo e acabou vítima das suas intenções, deixando-se ‘adormecer’ um pouco na sua própria estratégia, só criando perigo a espaços. O Sp. Braga teve maior ascendente na última meia hora, com circulação de bola rápida e mais larga, mas foi surpreendido.

Peseiro colocou dois homens na frente de ataque e foi a partir daqui que o Benfica teve mais espaço para sair em ataque rápido e criar as melhores oportunidades. À entrada para o último quarto de hora, Pizzi aumentou a contagem e pôs um ponto final na indecisão. Aproveitando um erro clamoroso da defensiva e, só com o guarda-redes pela frente, fez o segundo para o Benfica.

Dois minutos depois, as ‘águias’ aumentam a parada para 3-0, com Mitroglou a bisar no encontro. Na sequência de novo erro bracarense e após uma jogada confusa, o helénico, à boca da baliza, só teve de se esticar para marcar após cruzamento de Pizzi.

O tento de honra bracarense surgiu por intermédio do central Rosic, que subiu à área benfiquista para marcar de cabeça. O Benfica é líder isolado da I Liga, com 13 pontos, aproveitando os deslizes dos rivais.

Melhor em campo: Mitroglou foi o autor de dois dos três tentos do Benfica e, embora tenha estado apagado em vários momentos da partida, soube estar no local certo para ‘faturar’. Uma palavra para Pizzi, que marcou o outro tento e assistiu Mitroglou no último golo da partida. O médio foi determinante, tal como o grego.