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[1-3] Benfica vence na Madeira e coloca pressão no Clássico

'Encarnados' regressaram aos triunfos frente ao Nacional e ficam à espera daquilo que os principais rivais farão, no domingo, em Alvalade.

[1-3] Benfica vence na Madeira e coloca pressão no Clássico
Notícias ao Minuto

22:25 - 27/08/16 por Carlos Pereira Fernandes

Desporto I Liga

Análise: O Benfica não se deixou abater com o inesperado empate com o Vitória de Setúbal em pleno Estádio da Luz e foi à Madeira ‘resgatar’ três pontos, pressionando os invictos Sporting e FC Porto, que, este domingo, se enfrentam em Alvalade.

Frente a um conjunto insular bem organizado, Rui Vitória apostou numa dupla de ataque formada pelo regressado Jonas e por Raúl Jiménez para colocar algum ‘pânico’ na defensiva contrária, em detrimento do ‘tanque’ grego Kostas Mitroglou e do virtuoso Franco Cervi. A equipa mudou (e bastante) com tudo aquilo que a dupla traz de bom… e de mau.

Um jogo de mantas

‘Mobilidade’ foi a palavra de ordem na equipa montada por Rui Vitória. Especialmente do lado esquerdo, onde Raúl Jiménez protagonizou algumas jogadas de entendimento muito interessantes com Pizzi e Alex Grimaldo. Já Jonas, foi o principal elo de ligação entre o meio-campo e o ataque.

Mobilidade, houve muita. Presença na área… houve pouca ou nenhuma. A ‘manta’ de Rui Vitória esticava para os lados, mas faltava um grego que a esticasse um pouco mais para a frente. Prova disso foi o facto de parte significativa das ocasiões de perigo criadas pelo Benfica terem partido de remates de fora da área.

Também Manuel Machado se pode queixar de semelhante problema, mas a nível defensivo. O técnico dos insulares empenhou-se em condicionar ao máximo a construção de jogo do Benfica pelo centro. Só que, aqui, a ‘manta’ ficou curta… nos lados. Nem Salvador Agra, nem Witty, foram grandes ajudas para os laterais Víctor Garcia e Mauro Cerqueira, que muitas vezes se viram em apuros.

Houve hecatombe defensiva na Madeira

As ‘mantas’ encurtaram para um e outro lado, mas a verdade é que o jogo teve motivos de interesse de sobra. Especialmente nos primeiros minutos, em que as equipas protagonizaram um jogo de parada e resposta. Até que, aos 18 minutos, houve uma autêntica derrocada do lado do Nacional.

Livre de Pizzi e Rui Silva sai (muito) mal à bola, que ainda bate na cabeça de Ali Ghazal antes de encontrar o caminho para a baliza. Momento caricato que deu a vantagem ao Benfica e colocou algum gelo no jogo.

Após o intervalo, o Nacional recuperou e incutiu um novo ritmo no jogo. Também aos 18 minutos, e também na mesma baliza, houve novo desastre defensivo, mas para o lado do Benfica. O ‘gigante’ Tobias Figueiredo apareceu sem marcação na grande área e deu o melhor seguimento a um canto marcado para Salvador Agra.

Estava feito o empate, que duraria apenas seis minutos. Corriam 69 minutos de jogo quando surgiu (sim, já adivinhou) um novo erro defensivo. Novamente do lado do Nacional, mas com especial mérito para Raúl Jiménez. Com um belo passe para Salvio, o mexicano desmontou por completo a defesa adversária. Já o argentino, só teve de encontrar Carrillo no centro da área, com o peruano a estrear-se a marcar de águia ao peito.

Chega de erros? Ainda não. Washington teve má abordagem à bola já depois dos 90 minutos e deixou-se antecipar por Raúl Jiménez. O mexicano isolou-se, correu para a baliza e, com classe, bateu Rui Silva para o 3-1 final.

Dúvidas desfeitas e pressão no Clássico

O empate frente ao Vitória de Setúbal veio levantar algumas dúvidas aos mais céticos quanto à qualidade do ‘novo’ Benfica de Rui Vitória. A exibição na Madeira não foi a mais convincente, mas serviu que o tricampeão está aí para as curvas.

Com sete pontos em três jogos, os ‘encarnados’ ficarão, agora, à espera do que Sporting e FC Porto irão fazer em Alvalade, na certeza de que irá recuperar pontos a (pelo menos) um dos principais rivais na luta pelo título.

Momento do jogo: Quase um ano depois, Carrillo voltou a ser feliz. O peruano entrou à passagem dos 67 minutos e, apenas dois minutos depois, desfez o empate a favor do Benfica. O extremo não tem encontrado vida fácil na Luz, mas a verdade é que esta noite foi decisivo. Poderá este ser o ‘boost’ de confiança de que precisava?

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Onzes das duas equipas:

Benfica: Júlio César; Nélson Semedo, Lisandro, Lindelof, Grimaldo; Fejsa, André Horta, Pizzi, Salvio; Jiménez e Jonas.

Nacional: Rui Silva; Victor Garcia, Aly Ghazal, Tobias Figueiredo, Cerqueira; Washington, Tiago Rodrigues, Jota; Agra, Witi e Ricardo Gomes.

Antevisão: Foi tudo menos positivo o primeiro jogo do tricampeão Benfica na Luz na nova época. Os ‘encarnados’ deixaram-se empatar pelo Vitória de Setúbal em casa e, agora, defrontam o Nacional sabendo que, em Alvalade, o confronto entre os dois principais rivais – ambos 100% vitoriosos – permitirá que, pelo menos um dos dois, não fuja.

Para tal, o Benfica terá, no entanto, de vencer o Nacional, que irá realizar o seu primeiro jogo na Choupana esta temporada, após ter visto os fogos que assolaram a Madeira levar ao adiamento do encontro com o Chaves, logo na primeira jornada.

Do lado do Benfica, Rui Vitória já sabe que poderá contar com um importante ‘aditivo’: Jonas. O avançado brasileiro, melhor marcador da última época, falhou os dois primeiros jogos do campeonato por lesão, mas já está plenamente recuperado da intervenção cirúrgica ao tornozelo e poderá dar o seu contributo. O mesmo não se pode dizer de Luisão e Jardel. A dupla encontra-se a recuperar de problemas físicos e não seguiu viagem para Madeira.

Do outro lado, Manuel Machado optou por esconder o jogo. O técnico dos insulares conta com várias dúvidas no onze, preferindo mantê-las até à hora do jogo, na tentativa de surpreender o adversário.

O Nacional-Benfica, relativo à terceira jornada da I Liga, tem início às 20h30 e pode segui-lo aqui, em direto, no Desporto ao Minuto.

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