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O país chora Moniz Pereira, mas a história recordá-lo-á eternamente

Foi uma das figuras maiores do desporto português e o grande responsável pelo nascimento de um Portugal campeão no atletismo. Deixou fisicamente o país que tanto amou, mas a sua memória será para sempre recordada.

Notícias ao Minuto

08:27 - 01/08/16 por Paulo Jorge Rocha

Desporto Óbito

Portugal está de luto. Mário Alberto Freire Moniz Pereira faleceu este domingo, aos 95 anos, e deixou o mundo do desporto mais pobre. O ‘Senhor Atletismo’ era um verdadeiro homem dos sete ofícios, tendo sido atleta em várias modalidades, treinador, selecionador e compositor.

Recordado por muitos pelo impulso que deu não só ao atletismo mas aos desportistas em si, são muitos os que o descrevem como o responsável pelo desenvolvimento da modalidade em Portugal e por uma época dourada do atletismo.

“Devemos-lhe o legado de acreditar que é possível fazer e ter resultados no atletismo. Foi um grande exemplo, não só para o atletismo como para toda a sociedade”, afirmou, Jorge Vieira, presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, dá conta A Bola.

Um 'fazedor de campeões'...

O atletismo confunde-se com o nome desta personagem incontornável, tal como acontece com o Sporting. Durante várias décadas, Moniz Pereira – que para sempre será uma inspiração para os portugueses – foi visto como um homem dedicado às suas paixões e foi assim que conseguiu tornar-se numa figura determinante tanto a nível nacional como internacional.

O atletismo ficou mais pobre sem uma figura que sempre reclamou maior protagonismo para as modalidades, sendo voz crítica pelo destaque dado ao futebol.

Esteve em 12 Jogos Olímpicos, 13 Europeus e 21 Mundiais de corta-mato, entre outras provas e foi o responsável pela glória de figuras como Carlos Lopes ou Fernando Mamede. Qualquer triunfo na modalidade irá ter sempre como pano de fundo o homem descrito como um ‘fazedor de campeões’. Carlos Lopes, o primeiro atleta luso a conseguir a primeira medalha olímpica e o primeiro ouro de sempre numa prova do género, destaca as suas capacidades enquanto homem. Porque o homem é que faz o atleta.

... e um "senhor de paixões"

“Ele acreditou que era possível eu tornar-me campeão. A medalha de prata em 1976, mesmo antes do ouro de 1984, foi o indício de que estava a nascer uma era dourada no atletismo nacional”, disse.

Moniz Pereira é o maior símbolo do atletismo nacional e Bruno de Carvalho, presidente dos ‘leões’ descreve-o como “criador de campeões e senhor de paixões” já Vicente Moura, ‘vice’ do Sporting para as modalidades lembra que este “amava o atletismo”, explicando que “foi uma figura muito grande do desporto nacional”.

As manifestações de pesar multiplicam-se quase à velocidade com que este sonhava e conduzia os atletas a conquistas douradas, que enriqueciam um Portugal pouco crente do seu valor. Vieram de todos os quadrantes e nem as cores clubísticas bloquearam o sentimento de pesar que se vai sentindo. “Perdeu-se uma grande referência do atletismo português e do pensamento desportivo”, disse Luís Filipe Vieira, presidente do grande rival, Benfica.

Moniz Pereira será sempre recordado como o maior símbolo do ecletismo do século XX e também o Primeiro-Ministro, António Costa, fez questão de assinalar o momento: “As minhas condolências à família do Prof. Moniz Pereira, grande atleta, recordista, dirigente e treinador de campeões”.

O desporto estava-lhe no sangue e será impossível a cada português descolar-se da triste ideia de ter perdido uma das figuras mais importantes do desporto luso.

As informações sobre as exéquias fúnebres serão hoje divulgadas.

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