Há 16 anos atrás, Luís Figo dominava as capas dos jornais no país vizinho e provocava ódios e agora enamorava amantes de futebol que defendiam o brasão do Real Madrid. Afinal, trocar o Barcelona pelo grande rival é algo que deixa marcas na memória e no coração.
O jornal Marca, muitas vezes conotado como adito ao Real Madrid por estar sediado na capital espanhola, recordou a contratação de Luís Figo, à data, a mais cara da história do futebol: 91,7 milhões de euros.
“10.270 milhões de pesetas e 16.469 votos foram os responsáveis de que Luís Figo se convertesse na contratação mais cara da história do futebol no ano 200 e que um dos melhores jogadores do mundo no momento trocasse a camisola do Barcelona pela do eterno rival, a do Real Madrid”, pode ler-se na notícia publicada este domingo.
A marca atribui a responsabilidade do negócio a Florentino Pérez. “O culpado da operação nível mundial foi Florentino Pérez que, quando se candidatou pela segunda vez à presidência do Real Madrid, foi com a ideia de que deveria apresentar algo mais do que uma simples candidatura”, lê-se.
“Foi a bomba do verão e provavelmente uma das bombas do século. Aquele que era considerado como o melhor extremo do mundo e um dos melhores jogadores do planeta do futebol, Luís Filipe Madeira Caeiro, Figo, seria jogador do Real Madrid se Florentino Pérez vencesse as eleições”.
A contratação avançou mesmo depois daquele que agora ainda é presidente do clube (depois de um interregno) se ter aproveitado da instabilidade que se vivia na Catalunha. Joan Gaspart, que inicialmente via a eleição de Florentino que remota, “não o dá como perdido e fala com Figo mas já era demasiado tarde, Figo estava num avião com direção de Madrid”.
O resto já se sabe, foram cinco temporadas no Real Madrid, 244 jogos, 58 golos, dois campeonatos, uma Liga dos Campeões e uma Bola de Ouro. Luís Figo ficará definitivamente na história dos dois clubes mais poderosos de Espanha, onde brilhou, deixou ódios e saudades.