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"Voltaria para qualquer um dos três grandes, mas se escolhesse..."

Aos 20 anos chegou a Portugal e fez-se mostrar durante dois anos e meio. Em julho de 2008, Ibson disse 'adeus' ao Dragão, mas a Invicta continua a ser destino frequente e um regresso profissional seria a cereja no topo do bolo. Aos 32 anos, anda pelos EUA, onde defende o Minnesota United, mas o FC Porto não dá para 'arrancar' do coração.

"Voltaria para qualquer um dos três grandes, mas se escolhesse..."
Notícias ao Minuto

09:00 - 23/07/16 por Paulo Jorge Rocha

Desporto Ibson

Ibson Barreto da Silva chegou ao FC Porto em janeiro de 2005 com a promessa de fantasia na ponta do pé. Com toque de bola e visão de jogo requintados, o brasileiro vingou num ‘dragão’ acabado de rugir a nível mundial.

Algo incompreendido, saltou para o Spartak de Moscovo em 2008, mas o destino acabaria por fazer-se notar e jogou contra o seu clube do coração. Em conversa com o Desporto ao Minuto conta os amigos que ainda cá tem, fala das constantes visitas e confessa que seria um sonho voltar... a Portugal. Para já, conta como foi a chegada ao Minnesota United.

Estava em Itália [no Bolonha] a resolver algumas coisas pendentes lá e deram-me dias de folga. Quando já estava em Portugal [a descansar] recebi uma chamada do meu empresário a dizer que tinha um convite daqui [n.d.r.: EUA]. Falei com a minha família, eles deram o aval e hoje nós estamos aqui. Foi uma experiência nova. Na minha equipa somos cinco brasileiros, as crianças adaptaram-se bem na escola, a família também e está tudo bem”, conta, centrando-se depois no passado.

Ainda de lembra da data exata em que aterrou para jogar por uma equipa acabada de se sagrar campeã europeia e mundial. Pela linha telefónica percebe-se a nostalgia com que fala dos dias de azul e branco.

“Lembro, foi no dia 31 de janeiro de 2005. Era um menino, tinha 20 anos, e chegar a um clube que era campeão mundial, que ganhou a Champions e tinha muitos jogadores internacionais por várias seleções… Senti-me muito feliz, receberam-me muito bem”.

“Ainda tenho apartamento aí, costumo ir aí muitas vezes e ainda tenho muitos amigos. Passei aí dois anos e meio muito felizes da minha vida. Ainda tenho aí muitos amigos e tenho muito carinho por todos”, acrescenta, com orgulho, centrando-se depois naquilo que fez durante dois anos e meio.

No primeiro ano foi muito bom, com o Couceiro. Depois chegou o treinador holandês [n.d.r.: Co Adriaanse], também tive uma boa passagem com ele. Na terceira, com a chegada do Jesualdo, foi quando tive menos oportunidades. A chegada de um novo treinador como uma filosofia diferente... E, infelizmente, não encaixava na forma de jogar dele. Tinha as preferências dele e nós temos que respeitar”, explica.

A memória não falha e impõe-se a questão que envolve a conversa. Qual foi o melhor momento que viveu no Estádio do Dragão? A resposta foi fácil: títulos. “Quando nós fomos campeões, em 2005/06 e a vitória na Taça de Portugal. É muito bom conquistar títulos. Foram dois títulos nacionais, uma Taça de Portugal e uma Supertaça”.

O retorno para defrontar o ‘velho amor’ e o regresso a Portugal

A ligação com o FC Porto tornou-se quase umbilical e Ibson recorda quando, em abril de 2011, veio disputar os 'quartos' da Liga Europa ao Dragão. O Spartak de Moscovo saiu vergado por uns expressivos 5-1, mas este pode finalmente ‘sossegar’ a alma por regressar à ‘velha casa’.

“Foi nos quartos de final da UEFA. Foi uma sensação boa. Pude voltar a um lugar onde fui muito feliz, onde fiz muitos amigos fora e dentro de campo. A ‘torcida’ também me recebeu muito bem, com muito carinho, o mesmo que eu tenho por eles. Foi uma sensação muito boa”, atira entusiasmando-se depois com um possível regresso.

“Interessava-me, tenho muita vontade de regressar. Não só eu, mas a minha família também. Se houvesse uma proposta e pudesse voltar, não teria problema nenhum. Se pudesse escolher, claro que todos sabem o carinho muito grande que eu tenho pelo FC Porto”, diz, garantindo que não sente mágoa por não ter sido aposta quando Jesualdo Ferreira, no seu terceiro ano de clube.

“Não falta provar nada. A minha carreira diz tudo, é muito sólida. Passei por vários clubes, fui muito feliz, conquistei títulos. Mas sinto vontade de um dia voltar a Portugal”, conclui, piscando o olho a FC Porto, Benfica e Sporting.

Ibson conhece Helton e Nuno Espírito Santo como ninguém, tendo trabalhado bem de perto com ambos, e comentou o presente de treinador e jogador.

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