Há quem diga que é com fato de macaco que se deve pôr mãos à obra para moldar o futuro. Mas a Hungria tem uma versão bastante diferente para essa máxima. Mais propriamente o seu guarda-redes.
Com 40 anos, e umas calças de treino a fazer lembrar outros tempos, Gabor Kiraly foi um dos principais responsáveis por colocar a Hungria numa fase final de uma grande competição de seleções, algo que não sucedia desde o Mundial de 1986, no México.
A seleção magiar acabou no terceiro lugar do Grupo F da fase de apuramento, atrás de Irlanda do Norte e Roménia, tendo-se visto obrigada a disputar, com a Noruega, um lugar em França. No conjunto das duas mãos, vitória por 3-1 para os húngaros, que irão partilhar grupo com Portugal, Áustria e Islândia.
Estrela da equipa: Balázs Dzsudzsák. O extremo de 29 anos é o nome que mais salta à vista de entre os 23 eleitos de Bernd Storck. Longe vão os anos áureos, em que chegou a marcar 26 golos numa só época pelo PSV, mas, agora, no Bursaspor, parece estar a regressar à forma que, em 2012, levou o Dínamo de Moscovo a investir 14 milhões de euros no seu passe.
O grande ausente: Balázs Megyeri, guarda-redes de 26 anos do Getafe, pode não ter tido a melhor das temporadas, mas o facto de atuar em Espanha, numa das Ligas mais competitivas da Europa, tornam-no na principal nota de destaque no que toca aos ‘não-convocados’ de Bernd Storck.
Máximo goleador: Com 24 golos em 84 internacionalizações, o veterano Zoltán Gera, de 37 anos, chega ao Campeonato Europeu como principal força atacante da Hungria.
Sistema tático: Bernd Storck fez da expressão ‘a defesa é o melhor ataque’ o mote para marcar presença no Euro. A Hungria aposta num 4x1x4x1 bastante recuado, sempre à procura de entregar a iniciativa de jogo ao adversário. Prova disso foram os números do playoff de apuramento frente à Noruega: 33% de posse de bola na primeira mão, 32% na segunda.
Estatuto: Outsider.