Rui Barreiro voltou a falar da proposta de expulsão que esteve sujeita a escrutínio na última Assembleia Geral do clube, considerando que há assuntos mais importantes e prometendo voltar a insistir no tópico no final da presente temporada.
Num artigo de opinião escrito no jornal O Jogo, o membro do Conselho Leonino diz que a situação que lhe fez recordar uma passagem alusiva à altura do 25 de abril. Não obstante, ainda deixou uma promessa a Bruno de Carvalho.
“Esta proposta de ‘expulsão’, neste mês de abril, obriga-me a recordar certa noite, também de abril, mas de 1974, em que Salgueiro Maia, na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, a poucas horas de marchar sobre Lisboa para depor o Estado Novo, disse aos seus homens que havia três modalidades de estados: Os sociais, os corporativos e o estado a que chegámos!”, pode ler-se, centrando-se depois em Bruno de Carvalho.
“Durante o mandato do atual presidente do Sporting, ‘compraram-se’ muitos jovens jogadores para a Academia de Alcochete. Se a esta realidade juntarmos que, em três anos, não vislumbram valores a emergir para lá dos excelentes atletas remanescentes de mandatos anteriores e se interpretarmos sem ambiguidades os resultados que se têm verificado, é-se obrigado a concluir que este é um tema que segue mal neste recente reinado”, atirou, sobre a formação.
“Já se percebeu que o Pavilhão servirá de couraça para todos os desatinos, mas António Dias da Cunha também construiu a Academia e o novo estádio e conseguiu sagrar-nos campeões de futebol”, explicou, em jeito de comparação com o legado de Bruno de Carvalho, deixando ainda um aviso ao atual líder dos ‘verde e brancos’.
“Estarei, pois, tão atento e feliz com as obras do Pavilhão como continuarei a ser criterioso e exigente para com os desmandos que tenderão sempre a tentar mascarar os insucessos e as insuficiências”.