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"Panama Papers? Tudo correto, vergonhosa é a forma como foi noticiado"
Gianni Infantino voltou a defender-se de alegadas ilegalidades trazidas a público.
© Reuters
Desporto Gianni Infantino
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, reafirmou em entrevista à revista alemã Kicker que não cometeu qualquer ilegalidade enquanto ex-responsável jurídico da UEFA, no âmbito da assinatura de um contrato com uma sociedade 'offshore' de cedência de direitos televisivos.
"Todo o processo foi correto e está bem documentado. A forma como foi noticiado é que foi vergonhosa", disse o dirigente ítalo-suíço, de 46 anos, em entrevista a publicar na segunda-feira, manifestando-se confiante de que isso se tornará evidente "quando tudo for devidamente esclarecido".
De acordo com alguns títulos da imprensa europeia, citando os designados Papéis do Panamá, Infantino terá intermediado, enquanto dirigente da UEFA, um negócio de cedência de direitos televisivos com uma sociedade 'offshore', por um montante bastante abaixo dos valores de mercado.
Segundo aqueles órgãos de comunicação social, o recém-eleito presidente da FIFA assinou em 2006 e 2007, enquanto responsável do departamento jurídico da UEFA, contratos de cedência de direitos televisivos relativos a três temporadas da Liga dos Campeões.
Os contratos terão sido assinados com a empresa Cross Trading, dos empresários argentinos Hugo e Mariano Jinkins, que, alegadamente, compraram os direitos televisivos por 111.000 dólares (cerca de 97.500 euros) e os revenderam por mais de 311.000 dólares (273.000 euros).
Os dois empresários são acusados pela justiça norte-americana de subornos no quadro do escândalo de corrupção que abalou o organismo máximo do futebol mundial e, na quarta-feira, a polícia suíça efetuou buscas na sede da UEFA, em Nyon, no âmbito da investigação ao contrato assinado por Infantino.
"Pessoalmente, nunca tive nenhum contacto com a empresa Cross Trading nem com os seus proprietários, já que o processo foi conduzido por uma empresa de marketing em nome da UEFA", afirmou o presidente da FIFA na terça-feira, em comunicado.
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