"O mundo do futebol está triste. Cruyff foi um grande homem. Um dos muito grandes jogadores que deixam uma marca indelével no futebol", disse Didier Deschamps, selecionador de frança sobre o camisola 14 do Ajax e da seleção da Holanda.
O antigo futebolista internacional holandês morreu hoje em Barcelona, aos 68 anos, vítima de cancro nos pulmões.
Nascido em Amesterdão a 25 de abril de 1947, Cruyff revolucionou o futebol moderno: primeiro como futebolista, na seleção holandesa, com a qual foi vice-campeão do mundo em 1974, e nos clubes que mais marcaram a sua carreira, o Ajax e o FC Barcelona, entre finais dos anos 60 e início dos anos 80.
Enquanto jogador do clube holandês, foi distinguido em três ocasiões com a Bola de Ouro, conquistou a Taça dos Campeões Europeus outras tantas, uma Supertaça europeia, uma Taça Intercontinental e oito títulos de campeão nacional, ao qual acrescentaria um nono ao serviço do Feyenoord, na sua época de despedida, tendo sido campeão em Espanha por uma vez com o 'Barça'.
Como treinador, ganhou uma Taça das Taças com o Ajax, antes de rumar ao FC Barcelona e aí desenvolver o estilo de futebol ofensivo que caraterizou o clube catalão durante vários anos, conquistando uma Taça dos Campeões, uma Supertaça Europeia, outra Taça das Taças, quatro títulos de campeão espanhol, uma Taça do Rei e três Supertaças de Espanha.
Antes do desafio, vai ser observado um minuto de silêncio pelas vítimas dos atentados de Bruxelas, a 215 quilómetros de Amesterdão, que fizeram terça-feira 31 mortos e mais de 300 feridos.
"Quando falo aos jogadores, falo de futebol, mas não estamos dentro de uma bolha e quando há eventos dramáticos e de luto, ninguém é insensível", acrescentou, referindo-se à tragédia na Bélgica.