O Sporting lançou, esta quinta-feira, o documentário ‘The Winner Takes It All’ (O vencedor leva tudo), no qual foram recordados momentos marcantes da época passada, que culminou com a conquista do bicampeonato nacional e também da Taça de Portugal, algo que não acontecia há 23 anos.
Antes do início de temporada, o plantel leonino teve de despedir-se de Sabeastian Coates, uma figura na história recente do clube de Alvalade.
"Foi uma tristeza. Não só por ser uma lenda do Sporting, mas por ser uma referência para mim. Deu-nos palavras de confiança e sempre esteve presente, basta estar à distância de uma mensagem ou um telefonema", salientou Gonçalo Inácio, que deixou fugir algumas palavras no momento de recordar o antigo capitão.
O primeiro jogo oficial de 2024/25 ficou marcado pela derrota (3-4 no prolongamento) na final da Supertaça Cândido de Oliveira.
"Estava a ser provavelmente a final mais fácil de que me lembre. Éramos melhor equipa, mas não merecemos vencer esse título e o FC Porto, com toda a justiça, lutou e isso foi importantíssimo para a humildade deste grupo que era campeão, sabia que era muito forte, mas foi um alerta de que não basta o talento, tínhamos de ser sérios e estar ligados durante todos os jogos se queríamos voltar a ser campeões. Esse jogo esteve presente na cabeça dos jogadores durante toda a época", disse o presidente do clube, Frederico Varandas.
Despedida de Amorim
O Sporting arrancou o campeonato de forma imparável, com o objetivo de conquistar o "almejado" bicampeonato. Foram 11 vitórias em outras tantas jornadas, sendo que na retina ficou a reviravolta (4-2) no terreno do Sporting de Braga, na 11.ª jornada.
No final da partida, antes da partida para o Manchester United, Ruben Amorim falou aos jogadores:
"Não gosto de despedidas, mas se formos humildes ganhamos o campeonato, o que fizeram na segunda parte… Vai ser difícil, mas têm de se ajudar. Vocês são inacreditáveis, vão ganhar isto! Quando precisarem de mim, vão ter tudo, vou estar a torcer mais por vocês do que por mim. Obrigada por tudo!", referiu o técnico.
Passagem fugaz de João Pereira
"Toda a gente conhecia e adorava o João [Pereira], mas não estávamos, de facto, prontos para aceitar as suas ideias a cem por cento, nada esteve do lado dele. E no dia em que saiu o João Pereira toda a gente sentiu peso na consciência, não conseguimos fazer o luto da saída do Ruben", recordou Frederico Varandas.
Aposta acertada em Rui Borges
O Sporting anunciou em dezembro o terceiro treinador da temporada, sendo Rui Borges o sucessor de João Pereira. Recrutado ao Vitória SC, o técnico natural de Mirandela tinha a missão de devolver a esperança ao plantel leonino.
O Sporting não mais perdeu a nível interno e venceu uma árdua luta com o Benfica pelo campeonato. A ida ao Marquês de Pombal ficou na memória de Frederico Varandas.
"Três treinadores, o nosso diretor desportivo [Hugo Viana] sai no início de fevereiro, o Sporting que eu cresci a ver era impossível resistir a estas adversidades. Nunca aconteceu isto, nunca em Portugal um clube grande perdeu o seu treinador a meio da época, por bons motivos, e a forma como o clube se agarra, como se torna imune aos tremores que vêm de fora, demonstra como hoje o Sporting é um clube forte e vencedor. É verdade que conquistámos muito, mas não chega, queremos mais", recordou o dirigente.
Gyokeres recorda golo frente ao Benfica
Já na parte final do documentário, Viktor Gyokeres, hoje ao serviço do Arsenal, recordou a grande penalidade, já nos descontos, que deu o empate ao Sporting na final da Taça de Portugal da época passada diante do Benfica.
"Lembro-me que ultrapassei um defesa e depois fui rasteirado por trás. Sabia que era penálti, nem havia discussão. Quando meti a bola na marca de penálti sabia para onde ia rematar. Só queria bater bem. Foi um dos meus melhores penáltis, para ser sincero", vincou o sueco.
"Esse jogo é sempre especial pela mística, a festa, os adeptos. Ao intervalo sentimos que podia dar para um lado ou para o outro. 2-1? Tivemos um canto, alguém do Benfica corta a bola, eu vejo a bola perdida e faço um cruzamento e o Conrad subiu ao 2º andar e fez um golaço de cabeça. A partir daí sabíamos que o jogo não nos ia fugir porque estávamos a crescer", salientou Trincão, que fez a assistência para o golo de Harder, no prolongamento.
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