Com a pausa para compromissos internacionais prestes a terminar, o Manchester United vira todas as atenções para aquele que é o encontro 'cabeça de cartaz' da oitava jornada da Premier League, perante o Liverpool, que está agendado para as 16h30 (hora de Portugal Continental) do próximo domingo, em Anfield.
Ruben Amorim sabe que esta será uma 'cartada' potencialmente decisiva para o futuro imediato no comando técnico dos red devils, na sequência de um arranque de temporada 'para esquecer', com quatro derrotas, um empate e apenas três derrotas ao cabo de oito jogos oficiais, em todas as temporadas, pelo que resta perceber que planos tem para... Bruno Fernandes.
O internacional português tem vindo a ser aposta, em 2025/26, numa posição mais recuada do meio-campo, o que tem vindo a causar alguma estranheza, sobretudo, devido à especial apetência que sempre demonstrou, ora a marcar, ora a assistir, quando atua em zonas mais adiantadas.
Para Jeremy Cross, repórter do jornal britânico Mirror, este é um erro claro por parte do antigo treinador do Sporting: "Bruno Fernandes pode ser perdoado por estar cansado, porque levou o Manchester United às costas por mais tempo do que aquele que quer recordar. Desde que Ruben Amorim se tornou treinador do Manchester United, há quase 12 meses, ninguém somou mais jogos do que Fernandes".
"Por isso, não será de admirar que Fernandes tenha sido alvo de acusações de estar exausto, durante o empate a dois golos entre Portugal e a Hungria, no jogo de apuramento para o Campeonato do Mundo. Numa noite miserável para Fernandes, recebeu um cartão amarelo, foi castigado com um jogo de suspensão e já tinha saído, quando os húngaros conseguiram marcar o golo do empate, no último suspiro", pode ler-se.
"É irónico que Dominik Szoboszlai o tenha marcado, porque Fernandes jogará contra Szoboszlai, uma vez mais, este fim de semana, quando o Manchester United visitar os eternos rivais do Liverpool. Szoboszlai é algo que Fernandes não é, neste momento. Está confortável no papel que o treinador da equipa lhe deu. Ao contrário de Fernandes, que muito o tem querido, quando lhe é pedido que jogue numa posição mais recuada do meio-campo", prossegue.
"Não é preciso ser um génio para perceber que isto não favorece as virtudes de Fernandes. Então, por que é que Amorim não consegue percebê-lo, também? Se o Manchester United está a dominar um adversário mais fraco, o que não acontece assim tão frequentemente, sejamos sinceros, Fernandes não estaria exposto, mas enviar Fernandes para a batalhe de Anfield como um médio de contenção seria como enviar um cordeiro para o abate", completa.
A terminar, Jeremy Cross defende que "o cenário é bastante simples", e que, para ter mais hipóteses de sucesso, bastaria a Ruben Amorim colocar o compatriota num trio mais adiantado, ao lado de "Mason Mount e Bryan Mbeumo: "Joga para as virtudes dele, ou sofre as consequências. E as consequências de um tombo em Anfield, ainda por cima, não é algo que valha a pena pensar".
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