"Chega o momento em que sentimos que é tempo de seguir em frente, com o coração tranquilo e o orgulho de quem deu tudo ao jogo que ama. Hoje, olho para o caminho percorrido e percebo que é tempo de fechar um ciclo que me deu tudo", revelou o antigo internacional português, nas redes sociais.
Nascido em França, mas com dupla nacionalidade, Adrien Silva iniciou a sua formação no Bordéus, mas mudou-se para Portugal e chegou ao Sporting em 2002, estreando-se pela equipa principal 'verde e branca' cinco anos depois, com a qual venceu duas Taças de Portugal e três Supertaças Cândido de Oliveira, num total de 241 jogos e 39 golos, até 2017.
Durante o trajeto em Alvalade, o ex-médio esteve cedido ao Maccabi Haifa, sagrando-se campeão israelita, em 2010/11, e à Académica, pela qual ganhou uma Taça frente aos 'leões', em 2011/12, antes de se impor em definitivo como titular pelo conjunto lisboeta.
"O Sporting foi a minha casa, o lugar onde me formei como jogador e como homem. Foi ali que aprendi o que significam o trabalho, a exigência e a honra de representar um símbolo maior do que nós. Tive o privilégio de ser capitão do clube da minha formação, algo impossível de descrever. Muitos momentos ficarão gravados na minha memória", notou.
Já depois da conquista do Euro2016 pela seleção principal de Portugal, que representou em 26 jogos, com um golo marcado, Adrien Silva rumou ao então campeão inglês Leicester em 2017/18, mas esteve quase meia época sem jogar por imposição da FIFA, face ao atraso no envio da documentação no fecho da janela de transferências de verão.
O ex-médio jogou ainda pela seleção das 'quinas' na Taça da Confederações de 2017 e no Mundial2018, sentindo que carregava "o orgulho e a esperança de um país inteiro".
"Ser campeão da Europa em 2016, com a camisola '23', foi o ponto mais alto da minha carreira, um momento que me faz sorrir sempre que o recordo. Representar o país num Mundial, ouvir o hino antes de cada jogo e sentir a força de uma nação unida foram experiências que me ensinaram o valor do sacrifício, da união e do que o futebol pode significar para um povo inteiro", avaliou.
Os franceses do Mónaco (2019-2020), por empréstimo do Leicester, os italianos da Sampdoria (2020-2021) e os emiradenses do Al Wahda (2022-2023) e do Dubai United (2024/25) surgiram numa fase avançada da carreira de Adrien Silva, que ainda voltou a Portugal para jogar no Rio Ave (2023/24) e despediu-se com 475 encontros e 60 golos, reconhecendo ter vivido "anos de paixão e entrega total a um sonho de menino".
O ex-médio é o 10.º de 23 campeões europeus por Portugal a despedir-se dos relvados, após o guarda-redes Eduardo, o defesa direito Vieirinha, os centrais Ricardo Carvalho, Pepe e Bruno Alves, o lateral esquerdo Eliseu, os extremos Nani e Ricardo Quaresma e o ponta de lança Eder, autor do único golo na final diante da anfitriã França, em Saint-Denis.
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