O FC Porto e a Câmara Municipal do Porto assinaram hoje, nos Paços do Concelho, a escritura que permite ao clube construir um novo pavilhão multidesportivo na antiga Escola Ramalho Ortigão, destinado à formação e ao desporto adaptado.
A transmissão do direito de superfície do terreno permitirá ao clube concentrar os escalões das várias modalidades, com especial atenção ao desporto feminino, e desenvolver atividades de desporto adaptado.
A cerimónia contou com a presença do presidente do FC Porto, André Villas-Boas, e do presidente da Câmara, Rui Moreira.
"Este é um passo significativo para o FC Porto. Não só na continuação do seu impacto social e desportivo no município, mas também porque permite um crescimento diversificado. Deixamos de andar com a 'casa às costas', uma das nossas grandes problemáticas. Isto não seria possível sem a ajuda preciosa da Câmara Municipal do Porto, neste último ato de um grande portista [Rui Moreira], a quem o FC Porto agradece de coração", afirmou Villas-Boas.
O terreno, na zona oriental da cidade, situa-se junto às piscinas de Campanhã, já utilizadas pelo clube desde 2015.
A dois dias de conhecer o seu sucessor, Rui Moreira fez um balanço do percurso dos seus executivos na área do desporto ao longo dos últimos 12 anos, congratulando-se por ter restabelecido as "relações difíceis" que existiam entre clube e município.
"Quando cá chegámos, uma das nossas preocupações foi normalizar as relações do município com as principais instituições da cidade. Com o FC Porto, vivíamos tempos conturbados. Logo no início, fizemos um acordo com as piscinas, um dos atos simbólicos mais importantes. Depois, demos sinais. Fosse na celebração dos títulos do FC Porto aqui, casa de todos os portuenses, fosse em todo o trabalho que mantivemos em matéria de prática desportiva", explicou o edil.
O acordo prevê a concessão do terreno ao clube por 70 anos, incluindo um Contrato-Programa de Desenvolvimento Desportivo com uma contribuição financeira de 525 mil euros.
Nos primeiros quatro anos, o FC Porto pagará ao município uma quantia simbólica de 50 euros por mês, passando depois a 10,9 mil euros anuais.
"Este é um bom negócio para a cidade. Se não fosse o FC Porto, teríamos de fazer esse investimento nós próprios. Fico muito satisfeito que o clube esteja disposto a fazê-lo. Isto não foi uma decisão do presidente da Câmara, mas do executivo e da assembleia municipal. Durante estes anos, conseguimos que as forças políticas se irmanassem no desporto", concluiu Rui Moreira.
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