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NBA faz as pazes com China em regresso a Macau seis anos depois

Cerca de 14 mil pessoas assistiram hoje em Macau ao primeiro jogo entre equipas da liga norte-americana de basquetebol (NBA) na China após seis anos de rutura e apesar das tensões entre Washington e Pequim.

NBA faz as pazes com China em regresso a Macau seis anos depois

© Getty Images

Lusa
10/10/2025 18:37 ‧ há 5 horas por Lusa

Desporto

Basquetebol

Cerca de 14 mil pessoas assistiram hoje em Macau ao primeiro jogo entre equipas da liga norte-americana de basquetebol (NBA) na China após seis anos de rutura e apesar das tensões entre Washington e Pequim.

 

Mais de hora e meia antes do arranque da partida entre os Brooklyn Nets e os Phoenix Suns, já centenas de adeptos faziam fila para entrar na Venetian Arena, que irá receber durante cinco anos jogos da pré-época da NBA.

Apesar do basquetebol ser um dos desportos mais populares na China, a principal motivação para quem veio mais cedo foram as várias atuações de grupos musicais da China continental e da vizinha Hong Kong antes do apito inicial.

Nenhuma das duas equipas é apontada para suceder aos Oklahoma City Thunder como campeões da NBA, mas, nas bancadas, completamente cheias, parecia haver mais fãs dos Nets, que contam no plantel com Zeng Fanbo.

O jovem de 22 anos deixou os Beijing Ducks, da capital chinesa, para assinar em agosto com os Nets, detidos pelo presidente da gigante tecnológica chinesa Alibaba, Joe Tsai Chung-Hsin.

Zeng foi escolhido para falar com os adeptos antes do início da partida e recebeu uma das maiores ovações da noite quando entrou pela primeira vez, quando faltavam três minutos na primeira parte.

Com a bola a rolar, foram os Nets a dominar, chegando ao intervalo em vantagem (71-59), num encontro morno, apesar do muito ruído feito pelos adeptos, sobretudo a cada 'afundanço' ou lançamento triplo.

A organização fazia os possíveis para manter o ambiente a ferver, chegando a lançar do teto da arena recordações presas a míni paraquedas e o mundo do futebol deu uma ajuda, com o antigo internacional inglês David Beckham sentado na primeira fila, ao lado do ator de Hong Kong Jackie Chan, de Joe Tsai e do fundador da Alibaba, Jack Ma.

Os descontos de tempo eram usados para trazer ao soalho celebridades chinesas, incluindo membros da mais famosa banda de Hong Kong, os Mirror, ou antigas lendas da NBA, incluindo dois antigos rivais: Shaquille O'Neal e o chinês Yao Ming.

"Lembro-me de ver o Yao Ming a jogar pelos [Houston] Rockets quando era pequena. Mas esta foi a primeira vez que vi a NBA ao vivo. Foi de loucos!", disse à Lusa Fang, de 33 anos.

Esta adepta dos Suns, que voou dois mil quilómetros de Pequim, ainda estava rouca depois de ver a equipa a recuperar na segunda parte e vencer por 132-127, após tempo extra, ao final de mais de três horas.

Os Nets têm uma oportunidade para conseguir a desforra no domingo, quando as duas equipas se voltarem a encontrar, na mesma arena.

Mais importante do que o resultado foi mesmo o regresso à China. A NBA não disputava jogos na China desde 2019, quando Daryl Morey, então diretor-geral dos Houston Rockets, demonstrou nas redes sociais apoio aos protestos antigovernamentais em Hong Kong.

"A maioria destes adeptos infelizmente não teve a oportunidades de ver jogos [da NBA], mas demos-lhes aqui um espectáculo e sentimo-nos apoiados", disse, depois do jogo, o treinador dos Nets, o espanhol Jordi Fernández.

A NBA recusou-se a punir Daryl Morey, mas a televisão estatal chinesa CCTV deixou de transmitir jogos da liga norte-americana, um hiato que custou 400 milhões de dólares (346 milhões de euros) em receitas perdidas.

Mas a paixão pelo basquetebol na China não esmoreceu, garantiu a estrela dos Suns, Devin Booker: "Há muito tempo que não sentia este nível de paixão (...). Foi importante a NBA voltar cá".

Leia Também: 'Bomba' na NBA. Lebron James pronto para comunicar a "decisão"

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