Acabou a conferência de imprensa de Roberto Martínez e Bruno Fernandes.

"Não é só Cristiano Ronaldo e João Félix, temos o João Cancelo e o Rúben Neves lá também. Mas vemos os jogadores muito felizes, chegam muito felizes à seleção com a sua vida na Arábia Saudita e com o projeto, que acho que é mesmo real. Mas pressão não. O Félix acabou por conseguir ganhar mais minutos e tem estado a um bom nível com a nova responsabilidade no Al Nassr e para nós o que importa é que os jogadores estejam bem e com um bom ritmo."

"Foi uma tragédia. Estamos agora realmente numa missão, uma vez que o maior sonho do Diogo era conquistar o Campeonato do Mundo e temos essa responsabilidade de tentar perseguir esse sonho, com os valores que ele tinha e com o que ele dava à seleção nacional. Será o nosso guia. Fará sempre parte desta família."

"Estou ansioso por voltar a vê-lo. Quanto tempo tem? Podia falar sobre o Coleman durante horas. Nessa época, em 2013, claramente o melhor lateral da Premier League. Alguém com uma capacidade destas no último terço, a defender individualmente... Adorei trabalhar com ele e estou muito orgulhoso no seu progresso e estou ansioso por voltar a vê-lo amanhã."

"Não posso falar do onze. Já conhece a minha metodologia. Todos os jogadores da convocatória são importante, é um processo contínuo, Palhinha é diferente, a confiança é alta. É importante, está preparado para ajudar a Seleção. 19 jogadores jogaram no último estágio, a ideia é que estejam preparados para ajudar. O futebol moderno é um jogador preparado para ajudar."

"É um jogador especial, criativo, virtuoso, em pouco espaço consegue mostrar a sua qualidade. Acho que Trincão é um jogador importante para nós, foi determinante nos quartos de final contra a Dinamarca. Valorizamos muitos os jogadores que possam ajudar. O número de minutos faz parte do equilíbrio, o aspeto estratégico. É um jogador muito importante para nós."

"É importante porque o estágio de setembro foi igual mas tivemos de apanhar um avião. É importante para focar e experimentar o que queremos fazer no relvado. Noutros estágios precisam de apanhar ideias com vídeos. Tivemos aspetos mais individualizados, jogadores da Arábia Saudita tiveram jogo há 10 dias. Depois, estar na relva muito mais tempo do que normalmente estamos."

"Posso falar da minha experiência, já tivemos jogos em que há eleições, quando há um treinador novo.... O futebol é uma coisa; todos juntos somos uma seleção. O foco é positivo e saudável. A rivalidade em Portugal é boa e faz com que estejam a tentar melhorar."

"A nossa relação com o PSG é perfeita. Tudo aquilo que foi dito fora não é certa. A comunicação é boa. Tínhamos a possibilidade de que o João jogasse o último jogo. É importante continuar com a nossa metodologia para preparar o futuro. Não chamamos jogadores que não estão aptos. Não há confusão, o que há é uma situação em que o Cancelo e o Neves não estão. Temos a oportunidade de mostrar o mesmo nivel com jogadores diferentes. Temos uma polivalência que é muito importante para criar um grupo muito forte."

"Em Portugal temos uma rivalidade muito forte mas o que é importante é a formação dos jogadores, que é exemplar. Os aspetos onde vemos talento português com possibilidade para chegar aos melhores balneários. É isso que é importante para o selecionador. É importante criar espaços de partilha, Portugal é um país de formação. Foco de um balneário que está a trabalhar muito bem, queremos usar a força dos nossos adeptos e tentar ganhar mais um jogo."

"O que é importante é ter o melhor desempenho e tentar ir passo a passo. É uma fase esquisita, não há margem de erro. A preparação foi boa, o foco é a Irlanda. Não a podemos subestimar. Teve um jogo difícil na Arménia. Esperamos uma reação da Irlanda e é nisso que nos focamos."

Chega Roberto Martínez à sala de imprensa, substituindo Bruno Fernandes.

"O João é um jogador de topo. Nos últimos anos tentou encontrar o seu espaço. Estamos felizes. Sabemos o que pode dar à equipa, está mais confiante. Consegui ver isso nos últimos dois jogos, o que deu ao jogo."

"O nosso primeiro objetivo é ganhar, qualificar e estar no Mundial. Num torneio tão curto sabes que com poucas vitórias consegues chegar à final. Sonhei com isto desde muito pequenino, sonhava com eles, Assim irei continuar a sonhar até que esse sonho seja cumprido."

"Gosto de jogar futebol, indepedentemente da posição, vou fazer o melhor. Toda a gente tem posições preferidas. Num espaço com muita qualidade tens de adaptar. Fiz estas posições com Jorge Jesus no Sporting. Quando vês de frente consegues encontrar mais espaços, o risco é menor. Quando jogo a 10 o objetivo é criar jogadas, finalizar. Adapto-me àquilo que é jogo coletivo. O mais importante é ganhar, quero jogar o melhor possível."

"Acho que tendo um ambiente são e positivo é sempre melhor. Se só isso chega? Não. Acho que há que juntar um bocadinho de tudo. O mais importante é meter o ego de lado. Todos ficamos aziados quando não jogamos, mas há que tornar essa azia em algo positivo. O grupo tem de estar acima de tudo. Não estive nessa seleção de Inglaterra, mas aqui o ambiente é bom e a qualidade é muito grande."

"Eu apanhei-o no Sporting. A primeira época que o Nuno faz é comigo lá ainda na Suíça, já o conheço à muitos anos, sempre foi um miúdo muito envergonhado, mas extrovertido ao mesmo tempo. Está nas bocas do mundo por uma só razão, que é a sua qualidade, mas se é o melhor do mundo, não me cabe a mim decidir, porque se coubesse a mim, escolhia um português todos os anos. Temos muitos nomes com alto nível, mas acho que os jogadores do PSG saem nas bocas do mundo pela grande época que tiveram. Infelizmente para nós, nenhum deles conseguiu levar o prémio de melhor do mundo, mas o facto de lá estarem entre os melhores é um motivo de orgulho enorme."

"Muito sinceramente, os dois penáltis que falhei não foram com a minha técnica habitual. É algo que tenho de estudar melhor, normalmente gosto de ver o que os guarda-redes fazem, mesmo antes do jogo com um dos treinadores de guarda-redes. Infelizmente para mim, e não é que este ano os guarda-redes tenham sido muito bons, porque só um deles defendeu, que o outro mandei a bola para um sítio que não devia ter mandado, mas são momentos que dependem de mim. Mas sempre que for escolhido vou fazê-lo com crença nas minhas capacidades, porque também há um treinador que confia em mim e que quer que eu saia do lance com sucesso, e é algo que tenho de continuar a trabalhar, porque era algo que tinha um êxito muito grande. Esta época em três, falhei dois, mas não quero falhar nenhum."

"Esta união que falámos vai um pouco contra o que acabou de dizer. Não existem indiscutíveis na seleção. Há uns que jogam mais minutos que outros, que é normal quer numa seleção, quer num clube, mas o facto de todos se sentirem indiscutíveis ajuda a que os treinos sejam muito competitivos, de um nível muito alto e que fazem com que estejamos mais perto de derrotar qualquer adversário.

A união que temos neste grupo é muito saudável, muito sana, onde não só em campo, como fora dele, com jogos que fazemos entre nós, não está cada um no seu quarto nos tempos 'mortos', tentamos fazer coisas que ajudem a que o grupo cresça. Foi algo que o mister também nos disse, que o importante era nós sairmos daqui a acharmos que acrescentámos algo ao grupo e não há nada mais importante para nós que isso. Seja nos jogos ou fora deles, há que acrescentar algo de positivo ao grupo."

"Não. São coisas diferentes, obviamente que estar na seleção é estar em casa, com o nosso povo, é falar português, é comer a nossa comida, tudo isso faz com que me sinta muito bem aqui. O sol também ajuda muito [risos]. Mas também gosto muito de estar em Manchester. Adoro a pressão que tenho lá, é algo que tenho de me dar por feliz, porque significa que o objetivo é maior do que o que temos conseguido, e eu gosto de desafios."

"Todos os dias são bons dias para acertar contas, mas obviamente que foi mais forte que eu nesse penálti, ele esteve muito bem e eu muito mal, mas não é algo que mexa com a minha cabeça. O meu objetivo amanhã, caso seja um dos escolhidos pelo mister para estar nos onze que entram em campo, não é marcar golo mas sim ganhar o jogo. Num jogo de futebol há algo que representa mais do que a individualidade, que é o nosso grupo. Estar mais perto do Mundial é muito mais importante para mim do que acertar contas com o guarda-redes da Irlanda."

"Não, a seleção joga sempre para ganhar. Desde que cá cheguei que o objetivo é ganhar em todos os jogos. Ganhei a primeira Liga das Nações com outro treinador, e acho que nunca nos passou pela cabeça algo que não fosse ganhar. Temos outras seleções muito fortes com quem iremos jogar, o Mundial é um grande sonho para nós e para todos os portugueses, é um sonho meu desde pequeno. Acho que não existe uma pressão maior agora, porque representar este país é um privilégio, que vem com uma grande responsabilidade."

"Os resultados não são o que mais importam para o jogo de amanhã. Vão jogar contra uma seleção diferente, que é a nossa. Sabemos dos perigos que nos podem causar, são uma equipa muito intensa, muito forte nas segundas bolas, as bolas paradas é um dos seus pontos mais fortes. Sabendo disto, queremos ficar com bola, fazer os passes nos momentos certos, porque eles são muito organizados a nível defensivo, com um poderio físico muito grande e temos de trabalhar da melhor forma para encontrar o caminho para o golo."

"É um cenário que não se falou comigo, porque não me falaram em nada disso. Quando houve interesse, falei abertamente sobre isso, eu gosto de aproveitar o presente, quero focar-me na seleção, no jogo de amanhã. Se não sei se amanhã vou jogar, quanto mais se irei deixar o Manchester United daqui a um ano, mas não é algo que me preocupa. Estou feliz onde estou, senão não tinha ficado."

O médio português chega neste preciso momento à sala de imprensa da Cidade do Futebol e está pronto para responder às questões dos jornalistas.

Boa tarde. Começamos a cobertura da conferência de imprensa de Roberto Martínez e de Bruno Fernandes, em antevisão ao jogo entre Portugal e a República da Irlanda, a partir das 17h00.