O Sporting teve uma viagem atribulada para visitar o Napoli na cidade 'maradoniana' num jogo a contar para a segunda jornada da fase de liga única da Liga dos Campeões, mas o resultado acabou por ser uma 'queda' total em Itália, com uma derrota por 2-1, comandada por um herói improvável Rasmus Hojlund.
A dupla feita pelo avançado dinamarquês e Kevin De Bruyne reuniu antigos rivais em Manchester para derrotar a antiga equipa de Ruben Amorim, que descartou o ponta de lança de apenas 22 anos.
Mas a grande novidade, além do internacional pela Dinamarca ter sido decisivo, foi mesmo a abordagem de Rui Borges ao encontro, promovendo várias alterações que ninguém previa, que resultaram numa dinâmica muito diferente à que o Sporting tem vindo a apresentar esta temporada.
Estas 'invenções' do transmontano não deram resultado, levando a que a primeira parte fosse quase 'oferecida' ao Napoli, que foi em vantagem para os balneários ao intervalo.
As trocas ao intervalo demonstraram que foi um erro não manter a mesma equipa, uma vez que, mal Pote e Luis Suárez entraram em campo, o jogo fluiu de outra forma, mas provou-se que havia sido um erro não os colocar de início, já que o resultado não foi favorável aos leões.
Mas vamos, então, às notas da partida:
Figura
O herói improvável foi chamado a aparecer e 'carregou' a equipa do Napoli às costas. Rasmus Hojlund, com os seus dois golos, que ditaram a vitória frente ao Sporting, foi a principal figura da partida, ainda que tenha sido servido com 'bandeja de ouro' com as duas assistências de Kevin De Bruyne.
Surpresa
João Simões foi chamado ao onze inicial por Rui Borges quando ninguém esperava, mas o jovem jogador formado na Academia Cristiano Ronaldo não cedeu à pressão e acabou por ser uma peça importante no meio-campo do Sporting, ainda que o resultado não tenha sido favorável aos leões de Alvalade.
Desilusão
Geny Catamo foi outra das peças lançadas pelo treinador transmontano logo de início nesta partida frente ao Napoli, mas não conseguiu fazer a diferença com a sua velocidade da forma esperada, tal como Geovany Quenda fez. A substituição ao intervalo foi demonstração de que não estava a dar o que Rui Borges tinha pedido e falhou no 'teste' para ficar na 'pole position' para os próximos onzes iniciais na disputa com Geovany Quenda.
Treinadores
Antonio Conte
Um jogo digno de uma equipa à Antonio Conte. Coesão defensiva acima de tudo e consegue ser salvo por dois jogadores que estiveram ao seu mais alto nível. Com as ausências de peso que o italiano tinha antes de vir para este jogo, é normal que tenha ficado mais atrás, com as linhas mais baixas depois de ter marcado o golo que os colocou em vantagem, quer no 1-0, quer no 2-1, dado que vinha de uma derrota na Serie A frente ao AC Milan.
Rui Borges
As mexidas no onze inicial não correram nada bem. A escolha de Eduardo Quaresma em vez de Debast acabou por sair pela culatra, dado que o jovem português teve de sair com problemas físicos. Já no meio-campo, a tarefa foi bem cumprida por João Simões no lugar que se esperava ser ocupado por Morita. No entanto, foi na frente de ataque que surgiram os maiores falhanços do treinador do Sporting, ao retirar os jogadores em melhor forma do onze inicial, com Pedro Gonçalves e Luis Suárez a serem preteridos para colocar Geny Catamo e Fotis Ioannidis, que não deram rigorosamente nada de novo ao jogo e, quando estes dois jogadores influentes entraram no início da segunda parte, notou-se a olhos vistos a mudança de dinâmicas e qualidade da equipa a subir.
Árbitro
Danny Makkelie fez um jogo competente ao longo dos 90 minutos, não havendo registo de nenhum caso flagrante que pudesse ser avaliado de outra forma, incluindo a grande penalidade de Politano sobre Maxi Araújo, que é clara dado o contacto existente na grande área.
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