Adquirido ao Vitória Esporte Clube, no passado mercado de transferências de verão, a troco de uma verba na ordem dos 2,1 milhões de euros, Alisson Santos vai, aos poucos, demonstrando aquilo que vale, ao serviço do Sporting, na tentativa de provar a Rui Borges que merece assumir outro tipo de preponderância.
O extremo soma apenas 49 minutos em campo, na presente temporada (distribuídos por seis jogos), mas já marcou um golo e deu outro a marcar. Na passada sexta-feira, foi lançado para o lugar de Pedro Gonçalves, à beira do apito final para o triunfo sobre o Estoril, por 0-1, e, com um par de boas investidas individuais, 'despertou' uma equipa que chegou a facilitar em demasia.
Filipe Cândido orientou o jogador de 23 anos de idade, na passada temporada, ao serviço da União de Leiria (onde alinhou, a título de empréstimo por parte do anterior clube), e, em entrevista concedida à edição desta terça-feira do jornal A Bola, mostrou-se convicto de que este irá mesmo acabar por singrar, no Estádio José Alvalade.
"Ele tem mostrado, como ainda agora frente ao Estoril, que tem aquela malandrice para ir para cima dos adversários ou a arrogância do futebol de rua. Também lhe é indiferente quem defronta. Aliás, os brasileiros são todos um pouco assim. Nota-se que está a ganhar confiança e a soltar-se. Se jogar contra o Napoli vai fazê-lo de forma igual", começou por afirmar.
"O Alisson foi sugerido a um administrador da União de Leiria pelo empresário. Ele estava no Figueirense, na série C, cedido pelo Vitória. A partir desse momento, começámos a observá-lo por plataforma específica para o efeito e destacou-se logo em alguns itens, como os golos e assistências", prosseguiu.
"Percebi logo que tinha condições para jogar no Leiria e estava ao alcance em termos financeiros. Passámos para uma análise mais detalhada e verificámos que era potente, tinha capacidade de drible e conseguia fugir aos adversários por qualquer dos lados quando o defesa está de frente", completou.
"Ainda viram pouco..."
No Estádio Dr. Magalhães Pessoa, Alisson Santos somou seis golos ao cabo de 18 partidas oficiais. Na altura, recorda Filipe Cândido, "demonstrou logo disponibilidade para aprender", pelo que o 'salto' para a I Liga não surpreendeu: "Fico feliz porque julgo que fui importante para ele. Não previa um crescimento tão rápido, mas tenho a certeza de que não vai ficar por aqui. Ainda viram pouco...".
Resta, agora, saber se os bons indicadores irão valer ao brasileiro uma nova chance de se mostrar a Rui Borges, já na próxima quarta-feira, pelas 20h00 (hora de Portugal Continental), para quando está marcado o encontro da segunda jornada da fase de liga da Liga dos Campeões, frente ao Napoli, no Estádio Diego Armando Maradona.
O próprio já demonstrou, de resto, que não se deixa amedrontar pela dimensão da prova milionária, até porque o único golo que leva, até ao momento, de leão ao peito, foi, precisamente, nesta competição, no categórico triunfo conquistado na receção ao Kairat Almaty, por 4-1.
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