O Arsenal deu a sexta jornada da Premier League por terminada a apenas dois pontos do líder, o Liverpool, fruto, não só do triunfo conquistado na visita ao Newcastle, por 1-2, como também da derrota sofrida pelos eternos rivais, perante o Crystal Palace, pelo mesmo resultado. No entanto, há um lance em particular que está a dar que falar.
Logo à passagem dos 14 minutos, Viktor Gyokeres, jogador contratado pelos gunners ao Sporting, no passado mercado de transferências de verão, a troco de uma verba na ordem dos 65 milhões de euros (que pode superar a barreira dos 76 milhões de euros, mediante o cumprimento de objetivos), caiu na grande área dos magpies, na sequência de um lance dividido com o guarda-redes adversário, Nick Pope.
O árbitro, o australiano Jarred Gillett, apontou de imediato para a marca de grande penalidade, mas, após ser alertado pelo VAR, reviu as imagens e voltou atrás, entendendo que o internacional inglês não cometeu qualquer tipo de falta sobre o sueco, desatando, desta maneira, a polémica.
Já esta segunda-feira, Mark Halsey, antigo árbitro e atual colunista do jornal britânico The Sun, defendeu que a equipa de arbitragem errou na avaliação deste episódio: "O penálti de Viktor Gyokeres não deveria ter sido anulado. O avançado do Arsenal seguia isolado para a baliza e foi travado, em falta, por Nick Pope".
"O guarda-redes do Newcastle, Pope, tocou na bola, mas não a conquistou. O toque não invalida a marcação de um penálti. Por que é que o VAR se envolveu? Não foi um erro claro e óbvio por parte do árbitro, Jarred Gillett. A decisão tomada em campo deveria resistido", analisou o especialista.
"Gyokeres avançou na direção de Pope, foi assim que sofreu o toque, e, depois, há uma entrada tardia, que o derruba. Quantas vezes é que vimos uma falta ser assinalada a um jogador que conquista a bola e segue em frente? O toque não significa que não é penálti. O VAR não se deveria ter envolvido", acrescentou.
"O meu instinto imediato foi que era penálti, mas..."
Dermot Gallagher, ex-companheiro de profissão de Mark Halsey, aplaudiu a decisão, em declarações prestadas à estação televisiva britânica Sky Sports: "Eu penso que prova do quão difícil esta análise foi o facto de Gary Neville [ex-capitão do Manchester United e agora comentador desportivo] ter começado por dizer que era penálti para, depois, ter ficado dividido, quando reviu o lance".
"Pope consegue tocar na bola, na verdade. O meu instinto imediato foi que era penálti... mas Pope não mete o pé, por isso, não segue em frente com a entrada. Esse foi o motivo pelo qual o penálti foi anulado", referiu, antes de diferenciar este lance daquele que motivou a expulsão de Robert Sánchez, no passado fim de semana, no triunfo conquistado pelo Manchester United sobre o Chelsea, por 2-1.
"Ele tocou na bola e seguiu em frente com a entrada... No lance com Pope, ele toca na bola, mas mete o pé e não faz mais nada. Pope não avançou na direção de Gyokeres, travou", finalizou.
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