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Sócios do Benfica chumbam relatório e contas na Assembleia Geral

Contas apresentadas pela direção liderada por Rui Costa não foram aprovadas pelos sócios do Benfica, com um resultado de 63,49% votos contra e 36,51% a favor. Assembleia Geral marcada por contestação ao antigo presidente Luís Filipe Vieira.

Sócios do Benfica chumbam relatório e contas na Assembleia Geral

© Getty Images

Lusa
27/09/2025 16:24 ‧ há 1 semana por Lusa

Desporto

Benfica

O Relatório e Contas relativo à época 2024/25 foi hoje chumbado pelos sócios do Benfica presentes na Assembleia Geral (AG), com 63,49% dos votos, contra 36,51% favoráveis, num universo de 1.188 associados, anunciou o clube.

 

A primeira de duas Assembleias Gerais do dia ficou marcada por alguma confusão no interior do pavilhão n.º2 do Estádio da Luz, em Lisboa, que motivou mesmo a sua suspensão, quando o ex-presidente e candidato às próximas eleições Luís Filipe Vieira se preparava para discursar, recebendo vários apupos e assobios.

O dirigente, que vai disputar o sufrágio com o atual presidente Rui Costa e mais cinco candidatos -- João Noronha Lopes, João Diogo Manteigas, Martim Mayer, Cristóvão Carvalho e Paulo Parreira -, abandonou o recinto antes do anúncio dos resultados, dizendo aos jornalistas que já não voltaria para a segunda AG marcada para hoje, destinada à apresentação, discussão e aprovação do regulamento eleitoral.

O Benfica teve um resultado positivo de 40,7 milhões de euros (ME), referente à época 2024/25, dos quais 27,5 ME são referentes ao clube e 13,2 ME "imputáveis aos interesses minoritários não controláveis", foi anunciado na sexta-feira, com o valor do resultado líquido consolidado a ser de mais 72,9 ME, em comparação com o período homólogo.

O resultado operacional (sem direitos de atletas) atingiu um valor positivo de 13,5 ME, uma melhoria de 40 ME face ao período homólogo, sendo o primeiro resultado operacional positivo desde 2018/19.

A melhoria do resultado operacional consolidado foi justificada pelo clube com o crescimento do resultado da atividade operacional sem direitos de atletas em 40 ME e pelas operações com os direitos de jogadores, que contribuíram para a evolução positiva do resultado em 33 ME.

As receitas apresentam valores recorde em várias linhas, designadamente rendimentos com direitos de televisão, que incluem o contrato da NOS, e os prémios associados à Liga dos Campeões e ao Mundial de Clubes, que atingiram os 148,4 ME.

As receitas associadas ao 'matchday', que inclui quotização, 'corporate' e bilhética, ascenderam a 62,8 ME e os rendimentos provenientes das atividades comerciais, alicerçadas principalmente nos patrocinadores e no 'merchandising', corresponderam a 72,8 ME.

O ativo ultrapassa agora os 568,1 ME, mais 6,3% face a 30 de junho de 2024, enquanto o passivo atinge os 533 ME, ou seja, um decréscimo de 1,2% face ao período homólogo.

Em pleno clima eleitoral, todos os candidatos à presidência do Benfica fizeram questão de marcar presença nesta Assembleia Geral, começando, claro está, pelo atual líder máximo, Rui Costa, que, no discurso de abertura, assumiu que, no "enquadramento desportivo", o clube ficou "aquém do pretendido".

"No futebol, apesar do bom percurso internacional, apesar das conquistas da Taça da Liga e da Supertaça e de termos estado nas decisões até ao fim no Campeonato e na Taça de Portugal, não alcançámos os resultados que desejávamos. Nas modalidades, conquistámos 2 Campeonatos masculinos (basquetebol e futsal) e 5 femininos (andebol, basquetebol, hóquei em patins, voleibol e polo aquático), totalizando 21 títulos e troféus, um número que nos faz ter ganho mais do que todos os outros, mas que não nos basta. Queríamos ter vencido mais", afirmou.

O momento mais quente acabaria por ter como protagonista Luís Filipe Vieira, que no momento de se dirigir aos sócios foi contestado, originando um clima de enorme confusão na AG com troca de agressões entre algumas pessoas. 

Assim que ficou claro que não estavam reunidas as condições para que a Assembleia Geral do Benfica prosseguisse, foi tomada a decisão de a suspender. Quanto à reunião magna da tarde, foi adiada para as 14h30 (hora de Portugal Continental), com uma segunda chamada, meia hora depois, em caso de ausência de quórum.

[Notícia atualizada às 16h44]

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