Gianni Infantino e Mattias Grafstrom, presidente e secretário geral da FIFA, respetivamente, levaram, na passada terça-feira, a cabo uma reunião com uma série de delegações sul-americanas, na qual foi discutida a possibilidade de ampliar o Campeonato do Mundo de 2030 para um total de 64 seleções participantes.
A notícia é adiantada, esta quarta-feira, pelo portal norte-americano The Athletic, que revela que, neste encontro, estiveram presentes representantes, não só da CONMEBOL, como também das Federações de Argentina, Paraguai e Uruguai, que, recorde-se, irão receber os jogos inaugurais, passando, de seguida, a 'bola' a Portugal, Espanha e Marrocos, que irão receber a esmagadora maioria das partidas.
A reunião decorreu num escritório da Trump Tower, na cidade norte-americana de Nova Iorque, e surge na sequência da proposta formalizada, no último Conselho da FIFA, realizada no passado mês de março, pelo presidente da Federação Uruguai de Futebol, Ignacio Alonso, que defendeu que esta seria a melhor maneira possível de assinalar o 30.º aniversário dos Mundiais.
"Eu gostaria de vos convidar a refletirem, juntos, para que possamos fazer algo de que o mundo está à espera, que a comunidade futebolística merece. Isso é aquilo que o futebol nos ensina, a jogar como uma equipa", afirmou, merecendo a 'aprovação' de Gianni Infantino: "Quero sublinhar as palavras do Alejandro. Ele disse-nos a todos para pensarmos sobre como podemos, verdadeiramente, celebrar da maneira que é merecido celebrar. Por isso, todas as ideias são boas ideias".
Uma "má ideia"?
Feitas as contas, caso o Mundial'2030 venha, efetivamente, a ser expandido para permitir a presença de 64 equipas, mais de 30% das 211 seleções nacionais registadas junto da FIFA estariam representadas no mesmo. Uma possibilidade que tem vindo a merecer forte oposição, por exemplo, por parte do presidente da UEFA (e vice-presidente da FIFA), Aleksander Ceferin, que já disse considerar que se trata de uma "má ideia".
Uma posição partilhada por Victor Montagliani, presidente da CONCACAF (e também ele vice-presidente da FIFA), que atirou: "Não é uma grande ideia. Nós ainda nem sequer demos o pontapé de saída no formato das 48 equipas, e, obviamente, eles podem estudar aquilo que quiserem, mas, simplesmente, não me parece adequado".
Certo é que uma eventual 'revolução' deste género terá de ser devidamente aprovada, em Congresso da FIFA. No entanto, contactado pela publicação, o organismo que rege o futebol mundial insistiu que, neste momento, está, apenas, a analisar as propostas que se encontram em cima da mesa.
O Campeonato do Mundo de 2030, recorde-se, irá disputar-se entre Portugal, Marrocos, Espanha, Uruguai, Paraguai e Argentina, entre 8 de junho e 21 de julho desse ano. Antes disso, em 2026, aquela que é a maior competição do planeta de seleções será organizada, de forma conjunta, por Estados Unidos da América, Canadá e México.
Por cá, é certo, todos os jogos serão realizados no Estádio da Luz, no Estádio José Alvalade e no Estádio do Dragão, os únicos com capacidade suficiente para albergar partidas desta dimensão.
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