Paul Scholes não poupou, esta terça-feira, nas críticas tecidas a Marcus Rashford, na sequência da maneira como entrou em 'rota de colisão' com Ruben Amorim, na passada temporada, ao ponto de ter sido afastado pelo Manchester United, que o emprestou, primeiro, ao Aston Villa, e, agora, ao Barcelona.
"Não restam dúvidas quanto ao talento que o miúdo tem. É ridículo. Ele apareceu num grande jogo, e aquele segundo golo foi brilhante", começou por afirmar, referindo-se ao 'bis' assinado pelo compatriota, no duelo da jornada inaugural da fase de liga da Liga dos Campeões, no qual a formação catalã levou de vencida o Newcastle, em pleno St. James' Park, por 1-2.
"Eu senti reais dificuldades em sentir-me feliz por ele, em sentir-me agradado por ele. Principalmente, devido à atitude. A atitude que ele teve, no Manchester United. No momento em que estava para sair do Manchester United, achei que foi uma vergonha. Basicamente, nem sequer se esforçou. Ouve, se te desentendes com um treinador, tudo bem, mas lembra-te de que tens companheiros de equipa com os quais jogas", prosseguiu.
"Tens uma multidão de 80.000 pessoas ou o que for, lá, todas as semanas, e tens de esforçar-te um pouco. A quantidade de vezes que o vi a andar, no Manchester United, porque queria sair... Achei que toda a situação foi uma vergonha. Na verdade, eu penso que ele desistiu do Manchester United. E, quando desistes uma vez, desistes novamente", rematou, em declarações prestadas no podcast 'The Good, The Bad & The Football'.
E agora, Rashford?
Marcus Rashford, recorde-se, completou toda a formação ao serviço do Manchester United, tendo-se estreado pela equipa principal, a 25 de fevereiro de 2016, pela 'mão' do treinador neerlandês Louis van Gaal, num encontro relativo à segunda mão dos 16avos de final da Liga Europa, que culminou num categórico triunfo, por 5-1, para o qual contribuiu, com dois golos no espaço de apenas 11 minutos.
O avançado foi, desde bem cedo, apontado como uma das maiores promessas oriundas das 'escolas' dos red devils, e não tardou a conquistar a titularidade, partindo para temporadas que balançaram entre o brilhantismo e a apatia, conquistando, ainda assim, o carinho por parte da massa adepta.
No entanto, na passada temporada, tudo mudou. Ruben Amorim chegou a Old Trafford, proveniente do Sporting, em novembro de 2024, a troco de uma verba na ordem dos 11 milhões de euros, levou o plantel ao limite... e nem todos se mostraram à altura das expetativas, como foi o caso, não só de Marcus Rashford (que partiu para o Aston Villa), como também de Antony e Tyrell Malacia (que foram cedidos a Real Betis e PSV, respetivamente).
Nos villains, deu 'um ar de sua graça', com quatro golos e cinco assistências ao cabo de 17 jogos oficiais, que não chegaram para que o empréstimo se transformasse num acordo a título definitivo. Agora, no Barcelona, o jogador de 27 anos de idade procura (re)afirmar-se ao mais alto nível, e leva já dois remates certeiros e outras tantas assistências, em seis partidas.
Leia Também: Trincão perde prémio individual na Champions para proscrito de Amorim