A vida de Rodrigo Mora tomou uma nova proporção com a chegada de Francesco Farioli ao FC Porto. Para alguém que era uma certeza no onze inicial a cada jogo dos dragões, a mudança do sistema tático desta temporada significou um decréscimo de minutos disputados pela pérola do Olival, que tem sido suplente de Gabri Veiga sempre que este está disponível.
Ambos contam com um total de cinco jogos, mas a 'fórmula' de utilização do português é apenas para saltar do banco para render o espanhol quando este gastar a sua energia, que se traduz em quase metade dos minutos, com menos de 200 para o luso e mais de 300 para o ex-Al Ahli.
O jogo desta sexta jornada, em que o FC Porto venceu, por 3-0, a equipa do Rio Ave, não jogou a favor do jovem de 18 anos, já que Gabri Veiga voltou à titularidade dois jogos depois e fez o melhor jogo desde que chegou ao clube da cidade Invicta, com um golo e duas assistências, antes de sair para a entrada de Rodrigo Mora.
O 'problema' para estes dois jogadores é terem características muito semelhantes no que diz respeito à posição dentro de campo que podem desempenhar, limitando as opções de Farioli para o seu sistema intenso de 4x3x3, onde só pode colocar um dos dois em campo, sendo difícil partilharem o relvado.
Renovação dá indicadores positivos para o futuro
O facto de a direção liderada por André Villas-Boas ter investido na renovação do contrato do jovem mal este fez os seus 18 anos dá a entender o plano que o FC Porto tem para esta pérola saída do Olival nos próximos anos.
A cláusula de 70 milhões de euros é representativa da confiança depositada em Rodrigo Mora, que assinou até junho de 2030 e quer conquistar mais ao serviço do FC Porto.
"Esta renovação significa muito para mim, estou muito contente. Acabei de fazer 18 anos e acho que foi a minha melhor prenda. É um orgulho enorme poder continuar neste clube e é um sentimento de orgulho para mim e para a minha família. Tenho de agradecer à Direção, que acreditou em mim, a todos os meus colegas e a toda a minha família por me ajudar a chegar até aqui", disse no momento da assinatura do novo contrato.
"Isto não vai acabar por aqui. Espero ainda dar muitas alegrias ao clube e aos adeptos. Continuarei a ser a mesma pessoa e o mesmo jogador e a dar o máximo por este clube. Cheguei ao FC Porto muito cedo, com nove anos, e queria continuar a progredir na minha carreira para chegar à equipa A, na qual estou agora. Estou muito contente por continuar aqui por muitos anos", acrescentou.
Com 40 jogos com a camisola dos azuis e brancos, Rodrigo Mora 'espalhou magia' pelos relvados, fazendo 11 golos e quatro assistências em todas as competições em que participou nas últimas duas temporadas.
Mora já mudou a atitude face ao desafio
O início da temporada já lá vai e com o fecho do mercado de transferências parece que o camisola 86 dos dragões mudou a sua atitude em relação ao desafio que lhe foi lançado para ganhar minutos.
Antes, Rodrigo Mora andava cabisbaixo e reagia mal caso não entrasse em campo, mas agora já se vê uma certa 'fome' de minutos e de futebol, com o bem da equipa a ser o principal objetivo em comum com o resto do plantel, tal como demonstrou ao afirmar que tinha de dar mais defensivamente.
"[Médio interior] é uma posição nova, requer mais empenho defensivo, algo que estou a trabalhar. Para a equipa ser melhor, tenho de dar mais defensivamente de mim e vou dar sempre o meu máximo. Ofensivamente, vou continuar a ser o mesmo. Defensivamente, um pouco mais recuado", referiiu o jovem jogador ao Canal 11, em modo de reflexão.
O internacional sub-21 tem vindo a conquistar mais minutos de utilização por parte do treinador azul e branco, ainda que não seja titular na maior parte dos jogos, com os encontros em que isso acontece a serem justificados com problemas físicos para Gabri Veiga, como foi o caso do jogo frente ao Sporting, em Alvalade.
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