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"Saúde mental" de Sterling preocupa no Chelsea: "O dinheiro não é tudo"

Gabriel Agbonlahor pede ao sindicato que intervenha, depois de o treinador italiano Enzo Maresca ter optado por afastar o internacional inglês do plantel principal da histórica formação sediada em Stamford Bridge.

"Saúde mental" de Sterling preocupa no Chelsea: "O dinheiro não é tudo"

© Getty Images

Carlos Pereira Fernandes
17/09/2025 15:53 ‧ há 1 semana por Carlos Pereira Fernandes

Gabriel Agbonlahor apelou, esta quarta-feira, ao Professional Footballers' Association (PFA, o sindicato dos jogadores, em Inglaterra), que intervenha, depois de Enzo Maresca ter optado por afastar Raheem Sterling do plantel principal do Chelsea, colocando-o a treinar junto do lote de 'dispensáveis', noutro relvado e noutro horário.

 

"Vi isto a acontecer, no Aston Villa, com alguns jogadores. Lembro-me que, na altura de Paul Lambert, havia um lote de dispensáveis que tinha de treinar junto, à parte. Os jogadores pensavam 'Oh, não posso falar com o lote de dispensáveis. Não quero ser apanhado a falar com eles'. Isso faz-te sentir tão em baixo...", começou por afirmar, em declarações prestadas na rádio britânica talkSPORT.

"Sim, a última temporada de Raheem Sterling não foi a sua melhor. Em 17 jogos da Premier League, pelo Arsenal, só foi titular em quatro, não marcou qualquer golo e fez duas assistências. Mas, neste momento, Raheem Sterling tem apenas 30 anos de idade. Tem 82 internacionalizações por Inglaterra, 20 golos, quatro títulos da Premier League, cinco Taças da Liga e uma Taça de Inglaterra", prosseguiu.

"Agora, está a treinar sozinho, a ser muito mal tratado pelo treinador. É este o problema que tenho com alguns adeptos, porque queixam-se que jogadores como Isak ou como Wissa querem sair, mas, quando um clube não te quer, trata-te como um monte de lixo completo. Faz-te treinar numa determinada hora. Faz-te sentar, sozinho, no balneário, longe dos teus companheiros de equipa", rematou.

"E a saúde mental de Raheem Sterling?"

O antigo internacional inglês alertou, ainda, para as potências consequências deste tipo de medidas: "E a saúde mental de Raheem Sterling? E a saúde mental de Disasi? Lá porque ele ganha 325 mil libras [374,8 mil euros] por semana, está tudo bem? O dinheiro não é tudo. O dinheiro que Sterling recebe não tem nada a ver com a sua saúde mental nem com o facto de estar a treinar sozinho".

"Num período como este, em que foste afastado dos teus companheiros de equipa, estás enclausurado. Estás habituado a treinar às 9h ou às 10h, com os teus companheiros de equipa. Eu, simplesmente, não gosto disso. Não gosto nada disso. Que mal é que Raheem Sterling iria causar ao treinar com aquela equipa do Chelsea? Porque é que não pode estar do lado adversário, quando estão a treinar? Percebem o que quero dizer? Isso não me cai nada bem", lamentou.

"Isto faz-me desgostar dos treinadores que fazem isso aos jogadores. Maresca, és melhor do que isso. Pensa na saúde mental dos jogadores, também. O dinheiro não é tudo. O dinheiro que Raheem Sterling recebe não tem nada a ver com ele nem com a situação em que está. As pessoas falam disso. Consigo imaginar as pessoas a dizerem 'Oh, vocês sabem, ele só recebe 325 mil libras por semana'", acrescentou.

"Certamente, o PFA poderá fazer qualquer coisa quanto a isto. Eles têm de entrar nisto. Tenho a certeza de que terás de ter mais do que cinco ou seis jogadores [com quem treinar]. Tenho de ver, mas ele poderia ir para casa, se quisesse. Tem de haver uma certa quantidade de jogadores com os quais treinas. Penso que é uma regra que os clubes têm de ter", rematou.

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