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Santa Clara aponta "hipocrisia política" a alguns deputados açorianos

A SAD do Santa Clara classificou hoje de "oportunismo e hipocrisia política" a atitude demonstrada por alguns deputados do parlamento regional açoriano, na discussão de dois projetos de resolução sobre o Complexo Desportivo do Lajedo (Ponta Delgada).

Santa Clara aponta "hipocrisia política" a alguns deputados açorianos

© Getty Images

Lusa
15/09/2025 20:02 ‧ há 1 dia por Lusa

Desporto

I Liga

O parlamento dos Açores aprovou, na sexta-feira, dois projetos de resolução para que o Complexo Desportivo do Lajedo permaneça na esfera pública, após o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) ter celebrado um protocolo de cedência do campo de futebol com o clube.

 

As iniciativas foram apresentadas por PS e Chega, depois de ter sido celebrado em março um protocolo entre a Direção Regional do Desporto e a Santa Clara Açores - Futebol SAD, para uso exclusivo do complexo desportivo por cinco anos.

"A Santa Clara, Açores - Futebol, SAD acolheu com surpresa o cenário verificado no plenário da Assembleia Regional dos Açores, no que disse respeito à discussão em torno do protocolo para a gestão do campo de futebol do complexo desportivo do Lajedo", informou hoje o clube em comunicado.

Segundo a SAD, "o complexo do Lajedo não foi objeto de qualquer espécie de protocolo, mas apenas e tão só o seu campo de futebol".

"Estes ataques, digamo-lo sem rodeios, revestem-se de um enorme oportunismo e hipocrisia política, de algumas figuras do parlamento regional que fazem caixa de ressonância de dirigentes insignificantes e sem obra, mostrando simultaneamente um desconhecimento completo do funcionamento do desporto açoriano", referiu.

Os ataques, "movidos por uma cultura pequena, bairrista, prejudicam a economia local, o desporto e os jovens açorianos que finalmente têm chance de se mostrar em palcos nacionais", acrescentou, condenando o "inaceitável desrespeito e até desprezo de certos senhores deputados para com a mais mediática das coletividades açorianas".

Salientando que "respeita a liberdade em todas as suas vertentes, incluindo a da expressão", a SAD referiu ainda que aceita que, durante a discussão do assunto, "dois deputados tenham sido mais incisivos na crítica", mas considera "inaceitável" que nunca tenham procurado o clube para "conhecer a verdade dos factos".

"Mais grave é assistirmos à hipocrisia e à tentativa de um reescrever da história por parte de um antigo presidente do Governo Regional dos Açores. Ficaram-se, assim, por duas propostas de resolução alimentadas pelo discurso odioso e elitista de dois frustrados dirigentes que, ao longo dos anos, assistem revoltados ao sucesso do nosso clube e às cerimónias fúnebres do seu", referiu.

De acordo com a SAD, o deputado socialista Vasco Cordeiro, antigo presidente do executivo regional, insurgiu-se de "forma inusitada contra o referido protocolo, atacando de forma totalmente descabida a Santa Clara Açores".

"O mesmo Vasco Cordeiro esquece-se de um passado recente em que, numa altura em que era presidente do Governo Regional dos Açores, assinou protocolos destinando milhões de euros à SAD administrada por um então dirigente que goza do mesmo sobrenome, o qual, diga-se, esteve envolvido em inúmeros processos legais e foi já condenado pela justiça", acrescentou.

A SAD do Santa Clara esclareceu também que o protocolo "permitirá ao Governo Regional dos Açores (em cinco anos) uma poupança na ordem de 1.250.000,00 euros".

A proposta do PS propõe que seja declarada a "invalidade administrativa, com fundamento em ilegalidade, do protocolo de utilização do Complexo Desportivo do Lajedo" e que o Governo Regional garanta que a infraestrutura "permanece sob gestão pública, assegurando a sua plena utilização pela comunidade escolar, clubes e associações desportivas da região".

O projeto de resolução do Chega defende a "imediata revogação do protocolo celebrado com a SAD do Santa Clara, devendo ser assegurada a gestão pública do espaço, com utilização prioritária e gratuita pela comunidade escolar, jovens atletas e clubes com escalões de formação".

Os projetos de resolução foram aprovados por maioria, com votos a favor de PS, Chega, BE, IL e PAN e contra de PSD, CDS-PP e PPM.

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