O Manchester United atravessa uma situação sem precedentes, uma vez que, em pleno mês de setembro, sabe, desde logo, que não terá pela frente competições europeias (fruto do 15.º lugar registado na Premier League, em 2024/25, e da derrota perante o Tottenham, na final da Liga Europa), nem Taça da Liga (visto que foi eliminado pelo Grimsby Town, do quarto escalão do futebol inglês, no desempate por grandes penalidades, logo na segunda ronda).
Significa isto que, até ao Natal, a equipa orientada pelo treinador português Ruben Amorim irá disputar apenas... um jogo a meio da semana, diante do West Ham, em Old Trafford, a 3 de dezembro, quarta-feira, a contar para a 14.ª jornada do campeonato inglês. Uma circunstância que acarreta riscos, não só desportivos, como, sobretudo, financeiros.
De acordo com a edição desta sexta-feira do jornal britânico The Sun, a direção dos red devils tem em mãos um "buraco financeiro" na ordem dos 100 milhões de libras (115,5 milhões de euros), pelo que já terá começado a estudar potenciais soluções para, pelo menos, 'remendar' este problema.
Neste momento, em cima da mesa, estará a possibilidade de o histórico clube inglês aproveitar o autêntico 'deserto' em que se tornou o seu calendário para levar a cabo uma série de partidas de cariz particular, a meio da semana, com outras equipas de renome que também falharam o apuramento para as provas continentais.
Em estudo, estará, por exemplo, um amigável com o AC Milan, de Rafael Leão e companhia, nos Emirados Árabes Unidos, que lhes permitiria, simultaneamente, manter o ritmo competitivo e realizar um encaixe financeiro extraordinário. Situações semelhantes poderão passar-se com formações como Leipzig, Lazio ou Sevilla.
A ideia terá surgido na sequência do sucesso que foi a pré-temporada, particularmente, ao nível das digressões realizadas pela Ásia e pelos Estados Unidos da América, que, juntas, valeram uma faturação próxima dos 17 milhões de euros.
Este é, de resto, um assunto particularmente sensível, até porque, este verão, o Manchester United investiu qualquer coisa como 250 milhões de euros nas aquisições de Benjamin Sesko (ao Leipzig), Bryan Mbeumo (ao Brentford), Matheus Cunha (ao Wolverhampton), Senne Lammens (ao Antuérpia) e Diego León (ao Cerro Porteño).
Amorim quer aproveitar para criar laços
A mesma publicação acrescenta que Ruben Amorim já terá feito saber à direção do Manchester United que aprova a criação de estágios a meio da temporada, sobretudo, porque acredita que estes seriam particularmente úteis para cimentar os laços de uma equipa que por tantos problemas tem passado, ao longo dos últimos meses.
O treinador português terá sugerido viajar para o Médio Oriente... ou até mesmo para Portugal (mais concretamente, para o Algarve), para que os jogadores passem mais tempo juntos e criem relações mais fortes, na esperança de que esta união venha a ter efeitos concretos, dentro das quatro linhas.
O antigo timoneiro do Sporting acredita que o mais recente estágio, em Chicago, no estado norte-americano do Illinois, onde se disputaram os jogos da Premier League Summer Series, teve efeitos positivos no ambiente que se vive no seio do plantel, pelo que pretende promover novos convívios, ao longo de 2025/26.
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