Nicolás Otamendi concedeu, esta quarta-feira, uma extensa entrevista à estação televisiva argentina Telefe, na qual abriu a porta à possibilidade de abandonar o Benfica no final da presente temporada, quando termina o contrato que une ambas as partes.
"Tenho mais um ano de contrato, e, depois do Campeonato do Mundo, verei aquilo que irei fazer", começou por afirmar o capitão dos encarnados, que fez, ainda assim, questão de desmentir qualquer tipo de contacto com o River Plate, o clube 'do coração', ao qual tem vindo a ser apontado, ao longo dos últimos meses.
"Nunca falei com [Marcelo] Gallardo. Nunca tive a oportunidade de falar com ele", sublinhou. No entanto, aproveitou a ocasião para fazer, uma vez mais, 'juras de amor' à formação sediada em Buenos Aires: "Toda a minha família é do River Plate".
"O Mundial será a minha ultima competição com a seleção"
Nicolás Otamendi aproveitou, ainda, a ocasião para reforçar a intenção de colocar um ponto final na carreira internacional já no próximo ano de 2026, após participar no Campeonato do Mundo (que se realizará nos Estados Unidos da América, no Canadá e no México), ao serviço da Argentina.
"Será a minha última competição com a seleção, e já está. Cada vez que me calhou vestir a camisola da seleção, tentei sempre dar o máximo", assegurou, antes de fazer um balanço positivo da experiência ao serviço da principal seleção albiceleste.
"Primeiro, custou-me muitíssimo chegar a jogar na seleção principal, depois de lá chegar, e a minha família ensinou-me que tudo custa, e que, na vida, tens de ser um guerreiro e tentar dar o melhor de ti. E, se as coisas não te saem bem, há que voltar a tentar, no dia seguinte. E assim é a vida", rematou.
Do FC Porto... ao Benfica
Natural da capital argentina de Buenos Aires, Nicolás Otamendi deu os primeiros passos no mundo do futebol ao serviço do Veléz Sarsfield, dando nas vistas ao ponto de, no verão de 2010, o FC Porto ter decidido desembolsar uma quantia na ordem dos quatro milhões de euros para o 'resgatar' para o futebol europeu.
De dragão ao peito, o internacional albiceleste participou num total de 125 jogos oficiais, ao cabo dos quais somou dez golos e três assistências, conquistando, ainda, três títulos de campeão nacional, uma Taça de Portugal, três Supertaças Cândido de Oliveira e ainda uma Liga Europa, sob as ordens do agora presidente do clube, André Villas-Boas.
Em 2014, acabaria por ser vendido ao Valencia, a troco de 12 milhões de euros. Um valor que 'explodiu', apenas um ano depois, quando foi transferido para o Manchester City, por quase 45 milhões de euros. Por lá se manteve, até 2020, quando regressou a Portugal, desta feita, para jogar no Benfica, no âmbito das negociações por Rúben Dias, que seguiu no caminho inverso.
Na Luz, o 'veterano' de 37 anos de idade fez valer a sua experiência, de tal maneira que o então treinador, Jorge Jesus, não demorou até decidir atribuir-lhe a braçadeira de capitão, que continua a envergar, até aos dias de hoje.
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