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Famalicão quer impugnar primeira e segunda divisão femininas. Eis a razão

Em causa a decisão do TAD que permitiu o licenciamento do Damaiense na primeira divisão do futebol feminino nacional. Famalicenses acabaram por ser afetadas com esta medida e terão de continuar na segunda divsão.

Famalicão quer impugnar primeira e segunda divisão femininas. Eis a razão

© FC Famalicão

Rodrigo Querido
09/09/2025 17:39 ‧ há 19 horas por Rodrigo Querido

Está aberta mais uma polémica no futebol feminino português. O Famalicão emitiu um comunicado oficial, durante a tarde desta terça-feira, no qual deu conta da intenção de poder vir a impugnar a primeira e segunda divisões do futebol feminino.

 

Em causa está a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) em validar a inscrição do Damaiense no principal escalão do futebol feminino nacional, pelo que o Famalicão ficou, assim, excluído da prova e está 'obrigado' a participar na segunda divisão.

O clube minhoto tinha sido convidado a participar no principal e formou o plantel com esse objetivo, mas a decisão do TAD levou a que a FPF informasse os famalicenses de que é o Damaiense que vai continuar na elite do futebol feminino. Em sentido inverso, o Famalicão garante que "tudo fará para competir na Liga BPI".

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O Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) determinou que o Damaiense deve disputar a Liga feminina, ao invés do Famalicão, que tinha sido convidado para o seu lugar pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), revelaram hoje os minhotos.

Lusa | 22:19 - 04/09/2025

Confira o comunicado na íntegra:

"O Futebol Clube de Famalicão (FC Famalicão) está a ponderar impugnar o arranque do começo dos Campeonatos da 1ª e da 2ª Divisão Feminina nacional, tendo em conta a informação recebida pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), na passada sexta-feira.

O Futebol Clube Famalicão rececionou comunicação telegráfica da FPF informando nessa data, 5 de setembro, que se encontra validada a sua inscrição no Campeonato Nacional da 2ª Divisão Feminina.

Em tal comunicação é apenas e tão só mencionado que tal validação é efetuada no "cumprimento da decisão alcançada no Processo n.º 29A/2025 proferida pelo Tribunal Arbitral do Desporto".

Recorde-se que o Futebol Clube Famalicão foi convidado a participar na Liga BPI, na qual se inscreveu e foi admitida, tendo, como é óbvio, preparado toda a sua estrutura para nela participar. Ao FC Famalicão não foi comunicado que tal convite era efetuado sob condição nem que estava dependente da verificação de uma qualquer circunstância.

A decisão proferida no Processo n.º 29A/2025, que é provisória, não se pronunciou quanto à participação, ou não, do FC Famalicão na Liga BPI, tendo-se cingido à admissão e integração imediata de outro Clube na “Liga BPI” na época 2025/2026. Não foi requerido nem determinado que tal admissão implicaria a exclusão de quem quer que seja.

No mesmo dia em que rececionou aquele comunicado, o FC Famalicão foi informado que o sorteio do Campeonato Nacional da II Divisão Feminina se realizaria no dia seguinte, procedimento que, para além de altamente irregular, é demonstrador da leviandade, desrespeito e desconsideração com que a FPF entendeu por bem pautar a sua conduta e os seus procedimentos que, de resto, mereceram especial análise censura por parte do TAD.

A decisão da FPF coloca em causa não só a preparação, planeamento e organização desportiva e financeira do FC Famalicão para a época de 2025/2026, e é suscetível de comprometer o futuro das suas atletas e equipa técnica, a escassos dias do final do fecho do mercado de transferências e inscrições. Aliás, ainda esta terça-feira, o FC Famalicão viu cancelada a inscrição das jogadoras não nacionais inscritas na plataforma score e que estavam inscritas tendo em conta a participação da equipa na Liga BPI.

Em face destas circunstâncias, não resta ao FC Famalicão outra alternativa que não seja a impugnação do começo dos campeonatos, até que seja tomada decisão definitiva sobre esta questão.

Sobre esta questão o FC Famalicão tudo fará para competir na Liga BPI, para a qual se preparou e defender a sua reputação institucional, assim como das suas atletas, equipa técnica e toda a estrutura – que preparou para a Liga BPI conforme critérios de licenciamento exigidos pela FPF."

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