Harry Kane respondeu este domingo às polémicas declarações de Michael Owen sobre a mudança drástica na sua carreira após ter decidido deixar o Tottenham para rumar ao Bayern Munique.
"Eu ouvi isso. Todos têm direito à sua opinião. Passei algum tempo com ele, mas não o conheço bem. Obviamente, ele [Michael Owen] é um grande jogador da Premier League e também da seleção de Inglaterra, então eu respeito-o como pessoa", começou por dizer em conferência de imprensa para fazer a antevisão à partida frente à Sérvia.
"Mas, no final de contas, como ele certamente saberá, a carreira de cada um é diferente e as decisões e motivações de cada um são diferentes", acrescentou.
"Sei que ele estava a insinuar que eu fui para o Bayern Munique apenas pelos troféus, mas foi para estar no mais alto nível pelo máximo de tempo possível, e estou muito feliz nessa vertente de jogar grandes jogos, disputar títulos, grandes partidas da Liga dos Campeões, quartos de final do Campeonato do Mundo de Clubes", continuou.
"Sinto que estou a melhorar como jogador, estou a superar os meus limites como jogador em termos de golos marcados. É difícil não ouvir coisas hoje em dia, mas as decisões são as melhores para mim e estou muito feliz por ter tomado essa decisão. Estou muito feliz no Bayern de Munique agora", concluiu o máximo goleador da história de Inglaterra, com 73 golos até ao momento.
De recordar que Harry Kane deixou o Tottenham, seu clube 'de sempre', por uma verba extraordinária de cerca de 95 milhões de euros, não conseguindo conquistar nenhum troféu pelo emblema de Londres.
Curiosamente, na época seguinte a ter deixado os spurs, a turma londrina acabou por conseguir conquistar a Liga Europa, numa final 100% inglesa frente ao Manchester United.
Mas afinal, o que causou esta resposta?
Tudo começou com o vencedor da Bola de Ouro em 2001 - à frente de Raúl González e Oliver Kahn - a falar sobre a carreira de Harry Kane e afirmar que este foi "louco" por ter rumado ao Bayern Munique em declarações no podcast de Rio Ferdinand.
"O Harry Kane é mortífero, um finalizador brilhante. Eu discordei com a ida dele para a Alemanha. Fui muito sincero sobre isso. Ainda penso que ele tenha sido um louco", referiu.
"Estava prestes a tornar-te o maior marcador de todos os tempos da Premier League, tem filhos que estão todos na escola. Quer dizer, eu simplesmente não conseguia imaginar isso. Não consigo imaginar. Uma grande conquista teria sido tornar-se o maior marcador de todos os tempos da Premier League, isso teria sido incrível", completou o ex-internacional inglês.
De recordar que Kane deixou a equipa do Tottenham depois de ter marcado 213 golos, ficando apenas a 47 do recorde de Alan Shearer, e tendo em conta as duas épocas na Baviera, caso tivesse replicado esse números na equipa inglesa na Premier League, já teria 275 golos marcados na competição e deixado bem para trás o antigo jogador do Newcastle e do Blackburn.
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