Há vários elementos importantes. Falaram do Diogo e do Eustáquio, mas acrescento o Cláudio e o Alan Varela, que são os capitães da equipa. Bednarek e De Jong são dois jogadores séniores. O Luuk foi capitão da anterior equipa durante muitos anos, e o Bednarek é capitão da seleção polaca, por isso, têm experiência, liderança, atitude e mentalidade. Quando falei do presidente, na primeira vez, um dos pontos em que concordámos foi quanto à necessidade de criar um grupo forte, com jogadores de identidade forte e um valor nuclear de trabalho árduo e compromisso ao clube. Tudo o que estamos a fazer, entre jogadores que estavam cá e os que contratámos e vamos contratar, é tendo este elemento-chave como parte central.

Já temos jogadores que podem adaptar-se, neste período. O Francisco está a voltar, temos outros jogadores, como Zé Pedro ou Nehuén Pérez que jogaram lá. Na pré-temporada, testámos o Vasco... Há jogadores que podem ajudar, nesta posição. Temos de estar preparados para cenários diferentes, que podem abrir uma porta para adaptações do ponto de vista tático.

No início da semana, tentámos gerar atenção para este facto, além de que é um estádio que, nas últimas épocas, não nos deixou as melhores memórias. Temos de estar preparados para isso, ainda mais do que costume, porque é uma alteração de ambiente, o que pode provocar, no início, minutos de desconforto. Temos de chegar lá com clareza sobre aquilo que queremos, com humildade e desejo de lutar com tudo o que temos, porque estamos apenas no início da nossa caminhada. São jogos muito importantes e temos de respeitá-lo como merecem.

Analisámos a equipa com muita atenção, vimos muitos jogos do treinador deles, nos clubes anteriores, para ter um melhor entendimento de tudo. É uma equipa que pode adotar vários sistemas no mesmo jogo, com bola. Temos ter o melhor cenário possível, especialmente, sendo novos neste campeonato. Temos a sorte de ter um departamento muito forte de análise, estão a ajudar-me a perceber melhor e a estar o melhor preparado possível.

Desde que começámos, estou muito grato aos jogadores pelo esforço, porque, desde o primeiro dia, esforçaram-se bastante. Fora as 35 a 40 sessões que tivemos juntos, houve apenas um dia em que deixei o centro de treinos com um sentimento que não queria, e isso diz muito do comportamento e da atitude dos jogadores. Há muito a melhorar. Contra o Vitória SC, tivemos momentos muito bons, mas também de desconexão, em que não estivemos ao nível que queremos. Faltou-nos consistência, há muita margem para trabalhar, mas estamos a trabalhar há um mês e começámos mais tarde do que todos os outros. Estamos sob construção.

Começou a trabalhar connosco esta semana, fez treino condicionado, ontem esteve quase em pleno. Fora disso, teremos de tomar a decisão final. A situação ainda está sob evolução.

O Rodrigo, certamente, pela maneira como jogou, na época passada, antes do avançado, é a posição mais natural. É claro que num 4x3x3, a posição dele é ligeiramente diferentes, estamos a falar de poucos metros, mas com tarefas diferentes, especialmente, sem bola. É um aspeto no qual ele tem de melhorar, tal como todos, porque é algo de novo para toda a equipa. Estamos num processo de aprendizagem, e o Rodrigo, pela qualidade e pelo entendimento do jogo que tem, interpretará o papel. Pode ser usado como extremo ou noutra posição, mas não vou dizer-vos qual.

Li muitos artigos, esta semana, sobre o Rodrigo [Mora]. Gostaria de clarificar e colocar os pontos nos is. A situação é clara, o Rodrigo é um jogador muito importante para o FC Porto e para o futebol português, é bom esclarecer isso, de uma vez por todas, porque não é saudável o que estamos a ver por isso. Deixem-me explicar. Sobre o facto de não ter entrado, no último jogo, como sabem, tivemos de fazer duas substituições por problemas físicos. É uma resposta clara quanto ao motivo para o Rodrigo não ter entrado. Gostava de falar da situação geral, da importância do Rodrigo para o FC Porto e para aquilo que pode fazer no presente e no futuro. É um jogador muito talentoso, não estou aqui para descobrir o talento e as qualidades dele, mas é um jovem, que tem de evoluir e trabalhar arduamente, como todos. Tudo vai ser muito calmo, o progresso dele está na nossa avaliação diária. Temos de ter paciência e calma, para não criar qualquer tipo de ruído quando não é absolutamente necessário. Ele está a trabalhar muito bem. O tempo dele irá chegar, terá as suas oportunidades e os seus momentos. Se nos mantivermos na linha do Jorge [Costa], ele colocava o clube antes de tudo, e é isso que temos de fazer.

Na semana passada, o ambiente foi fantástico. O facto de todos os bilhetes para o primeiro jogo fora terem sido vendidos em 25 minutos diz muito sobre o apoio dos adeptos. Sentimos muito, é uma responsabilidade enorme. Sabemos que será um jogo difícil. Nos dois últimos jogos que o FC Porto fez lá, não conseguiu vencer, por isso, será, sem dúvidas, um desafio, além do facto de ser uma equipa que começa sempre a vencer, em casa, desde que subiu. Temos de estar cientes de que temos de abordar este jogo com o espírito de sempre e ainda mais.