Os sócios do Marítimo, da II Liga portuguesa de futebol, aprovaram hoje, por larga maioria, a venda parcial da SAD 'verde-rubra' ao grupo brasileiro de investimento privado REVEE, em Assembleia Geral (AG), no Funchal.
Entre os 430 associados presentes, 337 aprovaram a venda de 40% da SAD, por 15 milhões de euros (ME), ao grupo REVEE, sediado no Brasil, com 49 votos contra e 44 abstenções, em reunião magna que decorreu no pavilhão do clube, em Santo António.
No final da AG, o presidente da direção, Carlos André Gomes, referiu que "este é o caminho que tem de ser seguido", acrescentando que a "votação massiva" aumenta a responsabilidade de quem trabalha na instituição.
"Os sócios do Marítimo confiam no caminho que esta direção está a fazer e, acima de tudo, sentem que o caminho que lhes foi prometido vai devolver o clube aos patamares de sucesso", apontou.
Para o futuro próximo, a ideia passa por ser a REVEE a "assumir a gestão da SAD", de preferência já no decorrer da época desportiva 2025/26, com o objetivo de colocar os madeirenses "o mais rapidamente possível" na I Liga.
"Vai ser um processo relativamente rápido. O Marítimo tem toda a documentação organizada, muita coisa já foi partilhada e o processo terá a sua conclusão dentro de dois ou três meses", projetou.
Sobre possíveis contratações para a equipa profissional de futebol, liderada pelo técnico Vítor Matos, André Gomes afirmou que pretende adicionar "jogadores de qualidade e que acrescentem valor", algo que considera pode acontecer mais facilmente a partir de agora.
"Com esta aprovação, teremos um contacto mais permanente com o grupo REVEE. Isso vai permitir desbloquear outro tipo de jogadores para as posições que ainda estão em falta, do que aqueles que estavam programados", assumiu.
O acordo prevê a compra, numa primeira fase, de 40% da SAD maritimista, por 15 ME, pelo grupo REVEE, que nomeia três dos cinco membros do conselho de administração, ao passo que o Marítimo designa os restantes dois administradores e escolhe quem ocupa a presidência.
Caso os madeirenses subam ao primeiro escalão, o investidor tem a possibilidade opcional de obter mais 11% do capital social da SAD, ao passo que o apuramento para as competições europeias permite adquirir mais 9%, num valor total que pode ascender até aos 22,5 ME, por 60% da SAD maritimista.
O nome, estádio, símbolo e cores não mudam, sendo que as modalidades ditas amadoras continuam sob alçada do clube, que preserva o direito de recompra, em caso de saída do investidor.
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