Internacional em mais de 120 ocasiões, a poste, de 34 anos, prepara-se para concretizar um objetivo que anseia desde o primeiro jogo pela equipa das 'quinas', em 2011, e enaltece o "bom caminho" traçado na preparação para a competição que se realiza entre 18 e 29 de junho, com Portugal inserido no Grupo C, sediado em Brno, na República Checa.
"Muitas de nós estamos numa fase final da carreira. Não sabemos se vamos voltar a desfrutar do Europeu. Quisemos passar essa mensagem às mais jovens: dizer-lhes que são o futuro da seleção e que devem desfrutar. Ao mesmo tempo, gostaríamos de dar um passo à frente e, quem sabe, passar a fase de grupos. Temos de arranjar uma forma de equilibrar essas emoções", afirma, em entrevista à Lusa.
Sem esconder "o orgulho de representar as cores de Portugal", a jogadora natural de Coimbra realça que a seleção lusa, 40.ª do ranking mundial e única estreante em prova, vai "competir ao máximo" para tentar vencer a campeã europeia Bélgica, na quinta-feira, a anfitriã República Checa, na sexta-feira, e Montenegro, no domingo, às 20:15 locais (19:15 de Lisboa).
A basquetebolista das espanholas do Azul Marino Mallorca Palma na época 2024/25 reconhece o "nível elevadíssimo" das belgas, campeãs em título e sextas classificadas do ranking mundial, mas acredita que as 'linces' podem contrariar o poderio contrário com agressividade.
"É uma seleção na qual encaixamos bastante bem, porque somos uma equipa também agressiva, que gosta de contrariar diferentes vertentes do jogo. Têm jogadoras como a Emma Meesseman, a Julie Allemand e a Julie Vanloo. Vamos tentar pará-las", descreve.
Já a seleção anfitriã, que tem em Julia Reisingerova a atleta mais reconhecida, privilegia os lançamentos exteriores, o que exige organização a defender o perímetro, e as montenegrinas apresentam o estilo de jogo mais parecido ao luso, completa Sofia da Silva.
Depois de um saldo de três vitórias e quatro derrotas num mês de preparação, com Eslovénia, Sérvia, Espanha e Suíça, quatro seleções apuradas para o Eurobasket, a capitã lusa reconhece que a seleção tem "falhado bastante na comunicação defensiva", nomeadamente nos "bloqueios diretos", circunstância que deseja ver corrigida.
"Defensivamente, sabemos que podemos fazer boas coisas, mas temos falhado em alguns detalhes que são importantes e nos podem custar caro", avisa.
Formada na Académica, a basquetebolista crê ainda que a seleção portuguesa deve repetir em Brno a fórmula que a apurou pela primeira vez para o Europeu, após o segundo lugar no Grupo G da qualificação, com os mesmos 11 pontos da Sérvia, primeira: "jogar em equipa", sem qualquer 'estrela' a sobressair.
Coorganizado por Grécia, Itália, República Checa e Alemanha, o Campeonato da Europa reúne 16 seleções, divididas por quatro grupos, com as duas primeiras classificadas de cada um a qualificarem-se para a fase a eliminar, que se disputa entre 24 e 29 de junho, na cidade grega de Pireu.