Rui Costa atravessa aquela que é a mais delicada fase na presidência do Benfica, depois de, no espaço de apenas uma semana, ter perdido o título de campeão nacional e o de vencedor da Taça de Portugal para o eterno rival, o Sporting.
Eleito a 9 de outubro de 2021, depois de Luís Filipe Vieira (de quem foi diretor desportivo, durante largos anos) ter renunciado ao cargo, ao ver o nome envolvido na operação 'Cartão Vermelho', o antigo internacional português vai vendo o mandato marcado... pela falta de troféus.
Depois de ter assumido as rédeas do clube já com a temporada 2021/22 (que terminaria 'em branco') em andamento, o lisboeta conduziu os encarnados à conquista da I Liga, em 2022/23, à da Supertaça Cândido de Oliveira, em 2023/24, e à da Taça da Liga, em 2024/25.
Apenas três títulos para mostrar, ao longo de um período no qual investiu, nada mais, nada menos, do que 290,15 milhões de euros em reforços, de acordo com os dados providenciados pelo portal especializado Transfermarkt.
Foram 114,05 milhões de euros gastos na primeira época completa, 101,50 milhões de euros na segunda e 74,60 milhões de euros na terceira, o que, feitas as contas, dá uma média de 96,72 milhões de euros investidos por cada troféu arrecadado.
No meio de tanto dinheiro, destacam-se as avultadas aquisições de jogadores como Marcos Leonardo (22 milhões de euros), Arthur Cabral (20,5 milhões de euros) ou David Jurásek (14 milhões de euros), cujo retorno desportivo foi nulo ou perto disso.
Rivais fazem mais com menos
Durante este mesmo período, o Sporting investiu 177,56 milhões de euros em reforços para conquistar dois títulos de campeão nacional e uma Taça de Portugal, o que dá uma média de 59,15 milhões de euros por cada troféu erguido.
Já no FC Porto, André Villas-Boas também não tem vida fácil, mas, fazendo as contas às três últimas épocas foram gastos 167,12 milhões de euros 'em troca' de duas Taças de Portugal, duas Supertaças Cândido de Oliveira e uma Taça da Liga.
Ao todo, foram cinco troféus (quatro deles ainda na 'era Jorge Nuno Pinto da Costa'), resultando numa média de apenas 33,42 milhões de euros de investimento por cada um. No entanto, aqui, o título de campeão nacional escapa já desde 2021/22.
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