Bruno Lage voltou, esta terça-feira, a abordar a conversa que tivera com um grupo de adeptos do Benfica, na madrugada de domingo, após a derrota ante o Casa Pia (1-3), que se tornou pública através de um áudio divulgado nas redes sociais. Em conferência de imprensa, de antevisão ao jogo com a Juventus, para a Liga dos Campeões, o treinador das águias revelou novos dados sobre o momento, dizendo estar de consciência tranquila.
"Apenas dizer isto sobre aquilo que aconteceu naquela noite. Tudo o que foi dito foi dito diante de 30 adeptos. Foi com a intenção de defender o grupo. Não me escondi. Saí do autocarro, os adeptos estavam a chamar pelos jogadores e fui eu que dei passos em frente para falar com os adeptos, no sentido de defender dos jogadores. Eu não falei baixinho. Eu falei ao tom com que a conversa estava a ser feita. Tinha de falar alto para me fazer ouvir. Usei a mesma linguagem que estava a ser usada na conversa. Eu uso também a linguagem de rua", começou por dizer Bruno Lage, visivelmente incomodado com o regresso do tema, prosseguindo,
"Ao meu lado estava, para que não fiquem dúvidas, estava toda a comitiva que tinha chegado do jogo com o Casa Pia. Passei a barreira dos polícias, fui ter com os adeptos, tinha ao meu lado o doutor Lourenço Coelho, ligeiramente atrás de mim tinha a minha equipa técnica, o staff do Benfica estava atrás de mim, o Ricardo Lemos também estava perto de mim, tinha os jogadores, e o capitão, a 25 metros de mim. Ninguém saiu dali. Estavam aos polícias e os seguranças num espaço de uma área de futebol. Estavam mais de 100 pessoas a ouvir esta conversa. É aquilo que tenho para dizer. A conversa foi longa, de 30 minutos, e não me espanta se surgirem novos áudios sobre a conversa. Estou completamente tranquilo sobre isso", rematou o treinador do Benfica.
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