Fabio Celestini aproveitou a pausa para compromissos internacionais para colocar o cargo de treinador do Basileia em 'stand by' e seguir viagem rumo à cidade de Valência, onde viveu, entre 2004 e 2005, quando alinhou ao serviço do Levante.
O antigo internacional suíço mantém residência naquele que foi um dos locais mais afetados pelas cheias que assolaram Espanha, nas últimas semanas, e, numa extensa entrevista concedida à edição desta segunda-feira do jornal Marca, relatou o cenário 'dantesco' com que se deparou.
"É muito duro. Em Basileia, perguntavam-me sobre isto. Quem está de fora não faz, sequer, ideia do que está a acontecer. Há imagem, mas não entendemos a magnitude. Isto é a guerra. Nós estamos em Albal. Metade da povoação está destruída", começou por afirmar.
"É surreal passar de um lado para o outro. Passas da normalidade ao apocalipse. Vi coisas que só se veem num filme e dizes que é ficção, exagero. Campos de futebol com quatro ou cinco andares de carros destruídos", prosseguiu.
"Temos muito medo. Cai uma gota e não sabes o que vai acontecer. Uma hora mudou-lhes a vida. Um familiar nosso tem uma agência de viagens e a água chegou a ter 1,80m. Se não viesse um polícia dizer-lhes que saísse, porque a água estava a chegar, tinha-se afogado", completou.
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