Totalizando 21 reforços, três dos quais anunciados no dia de fecho da janela de transferências, foram muitas as alterações no conjunto vila-condense para a presente época, com o técnico a assumir que os jogos das seleções foram uma oportunidade para integrar os novos jogadores e solidificar processos.

"É sempre importante ter mais tempo para trabalhar. O ideal era ter este grupo logo no primeiro dia do trabalho, a 02 de julho, mas a verdade é que os jogadores foram chegando ao longo do tempo. Ainda a acabar o mercado, fomos buscar cinco jogadores, finalmente, e agora treinámos duas vezes com o grupo inteiro, porque também houve jogadores a chegarem das seleções. No último jogo, já entraram seis jogadores com pouco tempo no 'onze' inicial. Temos feito esse trabalho de adaptação o mais rápido possível", disse na conferência de imprensa de antevisão à deslocação ao terreno dos avenses.

Ainda assim, com quatro jogos disputados e um calendário de abertura pouco favorável - tendo já encontrado os 'grandes' Sporting e FC Porto -, o Rio Ave leva já seis pontos, um começo que eleva as expectativas.

"As coisas têm-nos corrido francamente bem, na perspetiva de que mudámos tanta gente e temos seis pontos, com duas vitórias em casa sem sofrer golos. Portanto, nós temos de continuar neste caminho, neste crescimento, temos de continuar a ir ao máximo, trabalhar no limite para ajudar todos os jogadores a estarem prontos para representar a equipa. Tática, técnica, física e emocionalmente, temos feito um trabalho muito competente, todos estão em diferentes períodos de integração na equipa, mas disponíveis", constatou o técnico.

Quanto ao AVS, Luís Freire deixou elogios vincados ao conjunto orientado por Vítor Campelos, com o treinador a destacar os resultados que o adversário obteve em casa, dando ênfase ao triunfo diante do Vitória de Guimarães (1-0), na terceira jornada.

"Vai ser um jogo muito competitivo. O AVS é uma equipa que ganhou ao Vitória de Guimarães em casa, empatou com o Nacional, portanto tem já quatro pontos em casa. São muito aguerridos, é uma equipa muito dada ao jogo. Normalmente, joga em '4-3-3', com capacidade de trabalho alta, gosta também de jogar, construir o jogo, e é uma equipa também forte nos corredores laterais, onde tem uma boa dinâmica. Coloca muita gente na área, é atacante, sobretudo em casa, portanto temos de estar preparados", analisou.

O treinador comentou ainda a contratação de Hassan, o ponta de lança egípcio que havia sido uma referência do clube a que agora regressa, nove anos depois, não descartando uma futura alteração tática que lhe permita formar uma dupla com Clayton no ataque.

"Conhece bem o campeonato, o contexto, já tem provas dadas. Não estranha os campos, a forma de pensar, de treinar e comunicar. É importante termos jogadores com esta experiência. O Rio Ave, se analisarem ao longo do tempo, já jogou em '3-4-3' e '3-5-2'. Jogámos várias vezes com dois avançados e, com o tempo, pode voltar a acontecer", explicou.

O Rio Ave, no nono lugar, com seis pontos, defronta o AVS, no 12.º lugar com quatro, no Estádio do Clube Desportivo das Aves, no sábado, às 18:00, com arbitragem a cargo de António Nobre, da associação de Leiria.