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Da defesa a CR7. Os três testes que faltam a Roberto Martínez para o Euro

Particulares com Finlândia e Croácia deixaram certezas... mas também 'dores de cabeça', na seleção nacional.

Da defesa a CR7. Os três testes que faltam a Roberto Martínez para o Euro

Dois jogos, uma vitória, uma derrota, cinco golos marcados e três sofridas. A pouco mais de uma semana da entrada em ação no Campeonato da Europa, o derradeiro estágio da seleção portuguesa deixou, para já, a garantia de que ainda há muito trabalho pela frente.

Roberto Martínez aproveitou os encontros de cariz particular com Finlândia (triunfo, por 4-2) e Croácia (desaire, por 1-2) para levar a cabo uma série de 'experiências', que, se, por um lado, deram seguimento aos bons sinais deixados durante a fase de qualificação, por outro, também levantaram preocupações.

A equipa das quinas tem um último teste agendado para as 19h45 (hora de Portugal Continental) da próxima terça-feira, perante a República da Irlanda, no Estádio Municipal de Aveiro, onde o treinador espanhol deverá aproveitar para desfazer, pelo menos, três incógnitas.

A tão badalada linha de três

No dia em que apresentou uma lista de convocados de 26 jogadores, Roberto Martínez justificou a chamada de cinco defesas-centrais com a necessidade de demonstrar "flexibilidade tática", nomeadamente, com uma "linha de três" no setor mais recuado do terreno.

Até ao momento, esta fórmula ainda não foi testada, mas o duelo com os irlandeses pode representar a ocasião perfeita para o fazer, até porque a solidez defensiva demonstrada na caminhada para o Euro'2024 (dois golos sofridos em dez jornadas) parece ter-se perdido.

Gonçalo Inácio conhece este esquema na perfeição, visto que foi aquele onde foi utilizado por Rúben Amorim, durante toda a temporada do Sporting, e parece estar na linha da frente para a titularidade, visto que disputou 135 dos 180 minutos dos dois duelos da seleção nacional.

No entanto, o mesmo não se pode dizer dos restantes companheiros de posição, que jogaram, na larga maioria das vezes, em linhas de quatro, nos respetivos clubes. A única exceção foi Nélson Semedo, ao serviço do Wolverhampton.

A questão física

Pepe, Nuno Mendes e Pedro Neto são, neste momento, as principais incógnitas da equipa das quinas, no que ao plano físico diz respeito, uma vez que passaram grande parte das respetivas temporadas afastados dos relvados, devido a lesão.

O defesa-central de 41 anos de idade já mereceu rasgados elogios por parte de Roberto Martínez, mas a verdade é que já não joga desde o triunfo conquistado pelo FC Porto na deslocação a Rio Maior, perante o Casa Pia, por 1-2, no passado dia 21 de abril

O lateral-esquerdo, por seu lado, terminou a temporada com apenas 14 partidas oficiais disputadas ao serviço do Paris Saint-Germain. É verdade que foi titular frente a Finlândia e Croácia (e com exibições positivas), mas, em ambas as ocasiões, saiu ao intervalo.

Quanto ao avançado do Wolverhampton, uma das opções mais discutas de toda a convocatória, procura ganhar ritmo, depois de ter somado 12 minutos desde março, e foi lançado em ambos os particulares, ainda que sempre partindo do banco de suplentes.

O papel de Cristiano Ronaldo

Roberto Martínez optou por um ataque mais móvel, perante a Finlândia, com Francisco Conceição, Rafael Leão e Diogo Jota. Já contra a Croácia, apostou em Gonçalo Ramos como referência ofensiva, municiando-o através de João Félix e Bernardo Silva.

Cristiano Ronaldo só se juntou ao estágio português na passada sexta-feira (tal como Rúben Neves), pelo que ainda não somou qualquer minuto, nesta fase de preparação, antes da partida para a Alemanha, pelo que resta saber, ao certo, o papel que irá assumir.

O apreço do treinador espanhol pelo capitão é mais do que sabido (utilizou-o em dez dos 14 jogos realizados desde que assumiu o leme da equipa, em janeiro de 2023), pelo que não restam grandes dúvidas de que será 'dono e senhor' da frente de ataque.

No entanto, é preciso recordar que, aos 39 anos, vem de uma época em que realizou 51 jogos com a camisola do Al Nassr, ao cabo das quais somou 50 golos e 13 assistências, e que, no decorrer da última grande prova de seleções (o Mundial'2022)... perdeu a titularidade a meio.

As certezas

No meio de tudo isto, há, claro, pontos positivos a retirar. Desde logo, o facto de o 'onze tipo' estar praticamente fechado, com Diogo Costa na baliza, Rúben Dias e Gonçalo Inácio no centro da defesa e Nuno Mendes no lado esquerdo, restando saber se o direito pertencerá a João Cancelo ou Diogo Dalot.

No meio-campo, João Palhinha, Vitinha e Bruno Fernandes parecem ter 'lugar cativo', ao passo que, nas alas, Bernardo Silva e Rafael Leão dificilmente perderão a titularidade, pese embora a 'ascensão meteórica' do "espalha-brasas", Francisco Conceição.

Já a referência ofensiva, deverá mesmo ser Cristiano Ronaldo, apesar de ainda não ter sido utilizado, no derradeiro estágio antes do Euro'2024, partindo à frente de Diogo Jota (que, recorde-se, fez o gosto ao pé, em ambos os amigáveis) e Gonçalo Ramos.

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