Notas do Benfica-Estoril: Schmidt sem maioria 'salvo' pela prata da casa

Treinador alemão, muito contestado por parte de alguns adeptos, promoveu várias alterações na equipa inicial que acabaram por surtir efeito. Depois de três jogos sem vencer, águias mostraram regresso aos velhos tempos.

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Rodrigo Querido
11/03/2024 07:41 ‧ 11/03/2024 por Rodrigo Querido

Desporto

Análise

Foi em três atos que se escreveu o regresso do Benfica às vitórias. Numa noite de domingo marcada pela revisitação do que foram os resultados das eleições legislativas em Portugal, Roger Schmidt, que viria a ser protagonista pela negativa, decidiu revolucionar o se onze inicial e recolheu uma vitória, por 3-1, na receção ao Estoril, em jogo da 25.ª ronda da I Liga.

A precisar de vencer, fruto das exibições menos conseguidas nos três últimos jogos, o técnico alemão decidiu deixar intocáveis como João Neves, Rafa Silva ou Di María no banco de suplentes e chamar à titularidade Marcos Leonardo, Tiago Gouveia e João Mário. Uma revolução que frutos e um pequeno balão de oxigénio em véspera de decisão europeia.

Mas tem tudo foi fácil para o Benfica e, sobretudo, para Roger Schmidt. As águias marcaram primeiro por Kökçu, um dos melhores jogadores do jogo, mas permitiram o empate pouco antes da meia-hora. A passividade demonstrada pela turma da casa deixou impacientes os adeptos encarnados que voltaram a contestar Roger Schmidt, mas desta feita com maior vigor.

Em cima dos 38 minutos, o árbitro Manuel Oliveira foi obrigado a interromper o encontro por conta das tochas atiradas para o relvado. Durante esse período, registou-se uma tarja de contestação a Roger Schmidt, onde era pedida a saída do alemão. Foram poucos minutos, mas deu para perceber que o germânico já não reúne a preferência de alguns dos adeptos. Ainda assim, a maioria dos apoiantes 'abafou' o comportamento das claques com assobios.

A partida foi retomada e um golo de Marcos Leonardo mesmo a fechar a primeira parte, permitiu à equipa serenar. O Benfica recuperou a vantagem e reconquistou o apoio dos adeptos mesmo antes do intervalo e galvanizou-se com uma entrada de rompante na etapa complementar. Servido por Kökçü, Tiago Gouveia, que também esteve em destaque no jogo, colocou em prática a lei do ex e sentenciou as contas na Luz. Estava restabelecida a paz com os adeptos antes da importante decisão europeia.

Revolução, contestação e paz. Foi desta forma que se escreveu o regresso dos Benfica às vitórias. Roger Schmidt conseguiu o que queria: manter a distância curta para o Sporting, que tinha vencido o Arouca, e poupar jogadores para o jogo em Glasgow com o Rangers.

Mas vamos às notas desta partida:

Figura

Quando é colocado a jogar no sítio certo, Kökçü apresenta rendimento, e foi isso que o turco fez diante do Estoril. O internacional turco abriu a contagem com um disparo indefensável, e esteve ligado à jogada que deu origem ao golo de Tiago Gouveia.

Surpresa

Tiago Gouveia aproveitou da melhor maneira a oportunidade que lhe foi dada por Roger Schmidt. Fez uma assistência para o segundo golo e marcou ele próprio o terceiro. Foi um dos elementos com maior clarividência no ataque das águias e mostrou a sua qualidade.

Desilusão

A elementos experientes como Mangala exige-se grandes níveis de tranquilidade, mas o ex-FC Porto esteve muito longe disso. Foi a cara de alguns erros defensivos dos estorilistas e prova disso foi que a sua imprudência poderia ter dado origem a uma grande penalidade.

Treinadores

Roger Schmidt

Podíamos estar aqui a escrever que as muitas mudanças promovidas na equipa inicial podiam ter corrido mal e descaracterizado uma equipa que tem estado afastado das boas exibições nos últimos jogos. Contudo, a aposta do alemão foi ganhadora. Poupou jogadores para a decisão europeia em Glasgow e conseguiu recolocar o Benfica no caminho de exibições positivas. Ainda assim, há a destacar o quase desligamento das águias depois do golo do empate do Estoril, que coincidiu com o período de contestação ao germânico.

Vasco Seabra

Depois de uma primeira parte equilibrada e que contou com um golo, o Estoril mostrou que não estava à altura do Benfica. É verdade que Trubin teve um par de boas defesas, mas os canarinhos pouco fizeram para incomodar o adversário na etapa complementar.

Arbitragem

Manuel Oliveira até estava a ter uma exibição bem conseguida na Luz, mas decidiu 'borrar' a pintura com uma decisão polémica ao minuto 65. Depois de alertado pelo VAR, o árbitro portuense foi analisar uma possível falta de Mangala sobre Marcos Leonardo dentro da área. O juiz acabou por explicar a todo o estádio que "não houve infração" do francês, mas a decisão é, no mínimo, discutível e não convenceu ninguém nas bancadas.

Leia Também: Benfica em gestão vence 'eleições' na Luz. Schmidt teve 'voto' de saída

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