Guilherme Siqueira concedeu uma extensa entrevista à edição desta sexta-feira do jornal espanhol As, na qual revelou os detalhes da rocambolesca transferência para o Benfica, no verão de 2013, por empréstimo do Granada.

O antigo lateral-esquerdo assumiu que chegou a ter tudo acertado com o Real Madrid, horas antes de ter reforçado os encarnados, tendo tudo caído por terra por 'culpa' de... Fábio Coentrão. Um negócio que chegou mesmo a ser motivo de conversa, na jornada inaugural de La Liga, no túnel do estádio de Los Cármenes.

"Falei com Marcelo, que me perguntou se ia assinar ou não. Por trás, passou o Cristiano [Ronaldo] e perguntou-me o mesmo. Brinquei e disse-lhe que, se saísse o compatriota dele, podia assinar. No jogo seguinte, Ancelotti disse, em conferência de imprensa, que o plantel estava fechado", começou por afirmar.

"Mas, no último dia, o meu representante ligou-me para dizer que o Benfica me queria por empréstimo. Apanhei um avião, e, já lá dentro, ligaram-me o Quique Pina e o meu agente. Disseram-me que Coentrão ia sair e que ia assinar com o Real Madrid. Quando aterrei em Lisboa, assinei contrato e já era jogador do Real Madrid", prosseguiu.

"Era tarde e estávamos felizes, mas José Ángel Sánchez ligou-me e disse que a documentação de Coentrão e do Manchester [United] não tinha chegado a tempo, e que não era possível. José Ángel Sánchez disse-me que voltasse a Granada e que assinaríamos um pré-contrato para janeiro. Disse-lhe que não. Estava em Lisboa e assinei com o Benfica", completou.

Uma decisão da qual, assegurou o próprio, não se arrepende: "Ganhámos três títulos nacionais e jogámos a final da Liga Europa. Conheci Jorge Jesus e o clube. Na verdade, arrependi-me mais de não ter assinado mais temporadas com o Benfica do que de não ter ido para o Real Madrid".

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