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"Villas-Boas é um incendiário e só ganhará na fragilidade de PdC"

Amaral, antigo guarda-redes do FC Porto, frisa ainda que "gostava de ter ouvido um pedido de desculpas de Pinto da Costa e o porquê da AG não ter sido tão bem preparada".

"Villas-Boas é um incendiário e só ganhará na fragilidade de PdC"

Pinto da Costa falou, na passada terça-feira, pela primeira vez, em entrevista à SIC, sobre os polémicos desacatos que sucederam na última Assembleia-Geral (AG) no Dragão Arena. O Desporto ao Minuto esteve à conversa com Amaral, sócio e antigo guarda-redes dos azuis e brancos, para medir a ‘pulsação’ às palavras do presidente do clube da Invicta.

Amaral frisa que "faltou qualquer coisa" e gostaria que Pinto da Costa "tivesse sido mais objetivo naquilo que sucedeu, uma vez que nunca tinha acontecido".

"Entendo que o presidente, no meio daquilo tudo, tente passar ao lado de uma página que não foi nada bonita para o FC Porto e tente minimizar o momento que não é bom. E, se calhar, quanto mais falasse mais agudizaria a situação e mais dedos teria de apontar. Aquilo que se passou na AG não foi bonito, mas a importância que se está a dar é invulgar. É uma situação que se lamenta, mas que se torna quase normal em muitas áreas em Portugal. Não posso com isto dizer que não gostava de ter ouvido um pedido de desculpas e o porquê desta AG não ter sido tão bem preparada. O porquê de se ter chegado a este limite, quando sabíamos que uma sala pequena não seria suficiente para tamanha adesão”, assevera o antigo guarda-redes, agora comentador, não se esquecendo de abordar o "comportamento incendiário" de André Villas-Boas.

"Nenhum nós tem a força de há 30 anos, nem a clarividência de há 20 e a pujança de há 10 anos, como é lógico. Cada vez os rivais se apetrecham mais e as dificuldades são maiores. Porém, às vezes, parece que só o FC Porto está em estado terminal. André Villas-Boas, neste momento, parece um incendiário. As pessoas têm de se assumir. Isto não é mandar o fósforo e fugir. Deve ser mais lançar o fósforo e assumir se é um candidato sério ou não. Por aquilo que temos visto até agora, eu continuo sem conhecer nada do seu projeto. Ele é que sabe o timing para fazer, agora em tempos conturbados, e dizendo que é portista, e sei que é, e que zela pelos interesses do clube, e acredito que zela, hostilizar a direção de uma maneira tão forte, que até o conhece bem, o protegeu e o catapultou. Não sei se será a melhor forma de atuar. Alguém que quer tanto chegar à 'cadeira de sonho' não pode agir desta forma".

Amaral acredita que "André Villas-Boas tem, à priori, o perfil ideal para vir a ser o presidente do FC Porto", mas deixa um severo aviso ao ex-treinador dos azuis e brancos. "Sei que vai dar a vida pelo clube, mas quem ama não divide. E os sócios estão divididos. A mim também não me agrada a forma como estão as contas e a hostilidade que se viveu na AG, mas é necessário entrar com a missão de unir, sobretudo quando nem sequer se é candidato".

E prossegue na enumeração aos comportamentos de Villas-Boas que em nada ajudam a uma situação de maior pacificação entre os sócios do FC Porto: "Villas-Boas disse, outrora, que jamais se candidataria contra Pinto da Costa, alguém que um dia frisou que foi a pessoa com quem mais aprendeu a ser portista. Ele está a preparar uma candidatura à retaguarda, daí a surpresa de Pinto da Costa. Faltou franqueza a Villas-Boas. Não tenho dúvidas que ele possa chegar a essa 'cadeira de sonho', já que da outra abdicou [a de treinador] e não há mal nenhum nisso, agora a conduta devia ser outra. Um FC Porto forte não se faz desta forma".

O antigo futebolista, agora com 68 anos, também não deixa de recriminar os atos de vandalismo à casa de André Villas-Boas, esta quarta-feira. Algo que já não é novo, mas, desta feita, com violência e contemplando agressões a um segurança do condomínio.

"Lamento essa situação e nada justifica tamanho comportamento. Agora é preciso saber quem, e por que razão fez tal coisa. E, hoje, só não se descobre se não quisermos. Se foram adeptos radicais a fazer tal coisa, nada ajuda. Isto não irá fragilizar André Villas-Boas, só o irá fortalecer. As pessoas que fizeram tal coisa devem ser severamente punidas”, complementa.

Amaral não escondeu, ainda, alguma admiração pelo facto de Pinto da Costa ter enaltecido que "nos jogos fora do FC Porto, se não fosse a claque", os vice-campeões nacionais estariam "sempre a jogar sozinhos".

"Acho que isso deve ser esclarecido. O FC Porto não se resume aos Super Dragões. Há vários sócios que acompanham sempre o clube. Acho que se tratou de um lapso de Pinto da Costa. Fernando Madureira apoia sempre o FC Porto, com benesses ou sem benesses, e acho que ele tem feito um trabalho fantástico, tirando uma coisa ou outra", vinca Amaral, antes de rematar o futuro eleitoral do clube.

"Acho que Pinto da Costa, por tudo o que tem feito no FC Porto, é o grande candidato a vencer as próximas eleições. Por muito renhidas que venham a ser as eleições, a melhor versão de Pinto da Costa ganha à melhor versão de André Villas-Boas. Villas-Boas só ganhará na fragilidade de Pinto da Costa", vaticina.

Leia Também: Jorge Costa novamente ao lado de Villas-Boas: "Mais do mesmo..."

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