Depois de 13 anos em França, no Cannes e no Nancy e depois no AS Monaco, Arsène Wenger rumou ao Japão e depois a Inglaterra, onde passou a maior parte da sua carreira de treinador no banco do Arsenal.
Hoje funcionário da FIFA, o ex-técnico lamentou o excesso de treinadores estrangeiros na Ligue 1, esta terça-feira, por ocasião do 50º aniversário do CNF Clairefontaine, símbolo da formação à francesa.
Com efeito, o atual top 5 da tabela classificativa (PSG, Nice, Mónaco, Lille e Reims) é dominado por treinadores estrangeiros: um espanhol, um italiano, um austríaco, um português (Paulo Fonseca) e um belga. O principal treinador francês, Franck Haise, ocupa apenas o sexto lugar.
Há apenas oito técnicos franceses na Ligue 1, incluindo Michel Der Zakarian, um internacional arménio que vive em França desde a infância e tem dupla nacionalidade.
"Não me parece que a proporção seja a correcta neste momento. De dez para oito, não acho que a proporção esteja correcta", disse Arsène Wenger na terça-feira, à margem das celebrações do 50º aniversário de Clairefontaine. "O facto de um terço dos treinadores serem estrangeiros é normal e traz novas ideias. Eu próprio fui treinador no estrangeiro, por isso estou numa posição difícil, mas fui o único no início e a proporção tem de continuar a ser justa. Talvez a proporção seja um pouco elevada em França neste momento".
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