O presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, sublinhou, durante o seu discurso anual perante a Assembleia de Sócios do Real Madrid, a necessidade de promover o projeto da Superliga Europeia como meio de empreender uma reforma necessária das estruturas do futebol europeu.
O presidente blanco atacou a UEFA por não ter "em conta as exigências dos adeptos e dos jogadores ou as necessidades dos clubes" e a La Liga pelas suas "repetidas acções contra os interesses do Real Madrid".
"O futebol está a sofrer uma crise institucional sem precedentes a todos os níveis, tanto em Espanha como na Europa. A situação é muito grave. Há uma série de dirigentes que atuam sem pensar nos adeptos. O futebol europeu não pertence ao presidente da UEFA e o futebol espanhol não pertence ao presidente da La Liga".
"Os clubes de futebol foram ultrapassados pelos clubes norte-americanos noutros desportos. As 10 maiores entidades desportivas no ranking da Forbes já são equipas de outros desportos. Os norte-americanos devem estar a fazer alguma coisa bem e nós devemos estar a fazer alguma coisa mal na Europa", frisou.
"O projeto da Superliga é mais necessário do que nunca. O objetivo é claro: oferecer o melhor espetáculo possível com fair play financeiro. Cada vez mais clubes estão a perder centenas de milhões todos os anos. Precisamos de estruturas modernas de governação cooperativa sujeitas aos princípios da União Europeia. O projeto tem sido alvo de constantes campanhas de desinformação e de manipulação. Seria uma competição totalmente compatível com as competições nacionais e os seus calendários. O seu único objetivo é reforçar e melhorar as competições europeias", rematou, antes de dar a estocada final.
"Os dirigentes da UEFA estão a ir na direção oposta. Querem reformar a Liga dos Campeões: um projeto insólito, absurdo e sem sentido futebolístico. Sem jogos em casa e fora e com mais jogos. Um absurdo. Não é essa a solução. Os direitos dos 125 jogos da atual Liga dos Campeões foram vendidos em Espanha por 360 milhões. Para 2024, foram vendidos 189 jogos por 320 milhões de euros. Mais 64 jogos e menos 40 milhões de euros".
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